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Finanças de A a Z

por Ana Porto

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Fundos de renda fixa são uma boa opção?

Em algum momento da vida, os investidores mais conservadores já pensaram em investir em fundos de renda fixa. Esses investimentos propõem uma rentabilidade superior à caderneta de poupança, com liquidez e também com baixo risco.

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O que são e como funcionam?

Os fundos de renda fixa são compostos por ativos que estão atrelados a índices de preços, taxas de juros ou ambos. Alguns produtos que compõem os fundos de renda fixa são títulos públicos, debêntures, CBDs, LCIs e LCAs, por exemplo. Para ser considerado como tal, a carteira do fundo deve ser constituída por, pelo menos, 80% em ativos que estejam relacionados a esses fatores de risco.

O dinheiro dos investidores é reunido, gerido e aplicado por gestores profissionais, sendo que as decisões sobre o que fazer com os recursos seguem políticas predefinidas. Se as aplicações forem bem-sucedidas, as cotas do fundo irão se valorizar, caso contrário, não. Vale destacar que as cotas são a menor fração do patrimônio de um fundo. Ou seja, se quiser investir R$ 15 mil em uma carteira que tem cotas valendo R$ 15 cada, você poderá adquirir mil cotas, mas é necessário respeitar os valores mínimos de movimentação definidos no regulamento dos fundos.

Será que vale a pena investir nesses fundos?

No caso dos fundos de renda fixa, o investidor enfrenta menor risco do que em fundos de ações e multimercados, mas em compensação, tem uma rentabilidade menor. Mas, vale lembrar que a segurança não é plena: existem riscos de perda também. Um exemplo disso é a oscilação dos papéis que compõem a carteira, damos o nome de marcação a mercado, que significa marcar um preço nas cotas diariamente de acordo com a alteração nos preços dos ativos que compõem o fundo.

Outro ponto é que o cliente necessariamente deve arcar com taxas de administração desses fundos, independente da rentabilidade. Elas incidem sobre o patrimônio mantido pelo investidor e remunera os serviços da gestão. Geralmente, são divulgadas em percentual anual, mas a cobrança é feita de forma gradual e proporcional. Há também as taxas de performance, que apesar de algumas limitações impostas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), podem ser cobradas caso a rentabilidade seja superior à prometida.

Assim como nos demais ativos de renda fixa, há incidência de dois impostos: Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e o Imposto de Renda (IR). O IOF é cobrado apenas se o resgate do investimento for realizado em um período inferior a 30 dias a partir da aplicação, podendo variar de 96% a 0%, dependendo do prazo. Já o IR incide sobre a rentabilidade dos fundos, independentemente da duração da aplicação e segue alíquota regressiva que varia de 22,5% a 15%, de acordo com o prazo de permanência.

Em geral, é uma forma de diversificar suas aplicações de renda fixa, pois pode em um mesmo fundo, ter acesso a diversos produtos com diferentes taxas e manter a liquidez sem a necessidade de aguardar o vencimento dos papéis. Já na compra direta de papéis ou títulos, você pode compor e alterar a sua carteira da forma que preferir, mas em alguns casos precisará abrir mão da liquidez em comparação à alternativa anterior.

O ideal é analisar a composição dos fundos, as taxas cobradas e a sua necessidade de liquidez, pois caso possa investir por um período mais prolongado, pode ser mais vantajoso aplicar diretamente no papel individualmente.