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Finanças de A a Z

por Ana Porto

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Confira 3 passos para fazer seu orçamento familiar

Segundo dados da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), realizada em janeiro deste ano, o percentual de famílias brasileiras endividadas chegou ao patamar de  66,5%, superando as marcas de dezembro de 2020 (66,3%) e de janeiro do ano passado (65,3%). Assim, a organização do orçamento familiar é fundamental para que outras famílias  não entrem nessas estatísticas.

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Como posso estruturar o orçamento da minha família?

Escola, faculdade, supermercado, conta de água e luz, IPTU, IPVA, transporte, condomínio, aluguel, boletos e fatura do cartão de crédito... Essas são apenas algumas das despesas que as famílias brasileiras arcam diariamente. Nesse sentido, saber se planejar é fundamental para que ao final do mês a conta não fique no vermelho. Uma planilha do Excel pode ser uma das ferramentas que podem te auxiliar nessa tarefa.

1. Anote os rendimentos e os desembolsos mensais 

Compute as receitas da casa obtidas ao longo de um período, ou seja, todo o dinheiro recebido, oriundo de qualquer atividade realizada. Assim, fica mais fácil compará-la com as despesas listadas acima. Se a sua casa se enquadra nas estatísticas dos endividados, corte os gastos desnecessários e comece a pagar suas dívidas. Negocie descontos para quitação antecipada de seus empréstimos e financiamentos. Separe também os custos que são temporários dos que são fixos, isto é, aqueles que sempre são realizados de forma constante. Um exemplo é a conta de energia. Apesar de apresentar algumas variações mensais, basicamente mantem um mesmo valor, pois é baseada na rotina familiar. Não se esqueça das compras parceladas!

2. Considere ativos e passivos

Além dos passos básicos listados acima, com o intuito de se planejar em um horizonte mais longo, considere também os ativos e os passivos de sua família, chegando ao patrimônio total. Na prática, o primeiro conceito remete a todos os bens, direitos e dinheiro que a família possui. Já o segundo, está ligado a todas as dívidas e obrigações como saldo devedor de financiamento ou empréstimos. Ao somar todas essas categorias e subtrair dos ativos todos os passivos, chega-se ao valor líquido, ou seja, o que de fato é o patrimônio familiar.

Um exemplo pode ajudar. Suponha que uma família tenha uma casa no valor de R$ 500 mil, um carro no valor de R$ 35 mil e R$ 15 mil em aplicações financeiras. Assim, o ativo é de R$ 550 mil. Por outro lado, se para quitar a casa ainda existe um saldo devedor de financiamento no valor de R$ 100 mil , e para quitar o carro, um saldo devedor de R$ 15 mil, o passivo é de R$ 115 mil. No fim das contas, o patrimônio da família é de R$ 435 mil.

3. Trace objetivos em comum 

Diferente do planejamento financeiro pessoal, há a necessidade de serem definidos objetivos em comum. Aproveite aquele almoço de domingo e mapeie viagens, investimentos em educação e outras prioridades. Como todos estão no mesmo barco, é importante haver transparência a fim de que os esforços sejam direcionados a essas finalidades específicas. O ideal é que, visando maior estabilidade no futuro, aplicações em produtos do mercado de capitais também sejam levadas em consideração.

Faça disso uma rotina

Vale lembrar que seguir esses passos esporadicamente não é o suficiente. Criar uma rotina de preenchimento e atualização do seu orçamento familiar deve ser prioridade. Ser organizado no primeiro mês ou nas primeiras semanas não mudará a realidade. Por isso, se possível, automatize processos e nomeie todas as origens de despesas e receitas. Este será o primeiro passo para sair do vermelho e conquistar folga no orçamento.

Assim, para contribuir com a liberdade financeira de sua família, preencha este formulário e baixe a planilha de controle de gastos.