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Finanças de A a Z

por Ana Porto

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Como investir em um só produto e diminuir os riscos?

Em um contexto de juros baixos e perda da atratividade da renda fixa, os fundos multimercados aparecem como uma opção para os investidores que procuram maior rentabilidade e estão dispostos a lidar com um pouco mais de volatilidade, isto é, a variação de preços.

Por apresentarem bons resultados nos últimos anos, eles ganharam destaque e consistem em carteiras com maior grau de sofisticação dos investimentos.

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O que são os fundos multimercados?

Tratam-se de investimentos cujo gestor tem liberdade para fazer aplicação em diversas classes de ativos, desde que respeitados os limites conforme regulamento. Ou seja, diferente dos fundos de ações e de renda fixa, eles podem ser identificados por contar com mais classes de ativos e produtos diferentes. Quando se investe em um fundo multimercado, os recursos podem ser aplicados em mercados de renda fixa, câmbio e ações, por exemplo, além de usar derivativos para alavancagem ou para proteção da carteira.

Assim, há maior liberdade de gestão, o que oferece aos investidores um rendimento mais alto se comparado às aplicações mais conservadoras. Vale lembrar que as estratégias de alocação dependem apenas da estratégia escolhida pelo gestor, devidamente estabelecida no regulamento de cada um deles. Com a gestão de profissionais, são cobradas dos cotistas taxas de administração e, em alguns casos, taxas de performance também.

Quais as vantagens dos fundos multimercado?

A principal vantagem desse tipo de fundo é a diversificação, dada a composição de diversos ativos. Dessa forma, é possível combinar rentabilidade superior aos investimentos de renda fixa e riscos inferiores aos de renda variável. Por outro lado, seus componentes podem ser alterados, dependendo do cenário econômico. Isso é fundamental em momentos de crise, por exemplo.

“Nesse tipo de produto, o investidor acessa um portfólio diversificado em um único produto, delegando a gestão do patrimônio a um gestor profissional. É importante ressaltar que, devido à alta flexibilidade, há fundos multimercados com variados níveis de risco”, afirma Dirceu Simões, Analista de fundos da APX Investimentos.

Quais as desvantagens?

O come-cotas pode ser um dos principais incômodos nesses investimentos. Isso, nada mais é do que a antecipação da cobrança de Imposto de Renda (IR). Para os fundos multimercados incide alíquota de 15% semestralmente e a cobrança do complemento de IR será no momento do resgate de acordo com o tempo de permanência na aplicação. Essa antecipação recebe esse nome pois o valor da sua cota é reduzido para pagamento do imposto.

Um ponto muito importante é avaliar as taxas de administração dos fundos e se a composição está bem distribuída, não sendo concentrada em ativos de alto risco. Essas informações estão disponíveis nas lâminas, no regulamento e nos relatórios de rentabilidade de cada fundo.

“O investidor deve tomar cuidado ao selecionar um fundo, é essencial pesquisar o histórico não só do fundo e gestora, mas também dos profissionais que comandam a gestão, seu histórico, a volatilidade e a relação risco com o retorno do fundo. Esses fundos não são títulos de renda fixa, não contam com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) e podem sofrer oscilações negativas”, conclui.