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Finanças de A a Z

por Ana Porto

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Você sabe qual é o maior vilão dos brasileiros?

No começo da semana, falamos sobre o cheque especial e os altos custos que os usuários enfrentam. Hoje, falaremos sobre outra armadilha. Segundo o Banco Central (BC), a taxa de juros do cartão de crédito rotativo para o chamado cliente regular, que paga o mínimo de 15% da fatura dentro do prazo regular, chegou ao patamar de 311,7% em janeiro deste ano. Contudo, dependendo das circunstâncias, os juros pagos pelas contas atrasadas podem variar até atingir o valor de 875% ao ano, segundo a Agência Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste).

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Cuidado com o cartão de crédito!

Como falamos anteriormente, o número de famílias endividadas tem aumentado bastante conforme ultimas pesquisas realizadas. Além disso, os indicadores mostram que as dívidas com cartão de crédito afligem 80,3% das famílias pesquisadas. Já abordamos em colunas anteriores, sobre os cuidados necessários no momento de utilizar o cartão de crédito. Um dos motivos é controlar seus gastos, pois caso não consiga pagar a fatura integralmente, irá arcar com juros altos que irão aumentar de forma exponencial sua dívida.

Ao analisar os dados do BC e da Proteste, vale lembrar que cada banco possui sua política em relação a taxas de juros e procedimentos sobre como lidar com a inadimplência. Por isso, o cliente deve ficar atento às regras da instituição que o atende. Mas em linhas gerais, o crédito rotativo, aquele oferecido aos que não conseguem pagar a fatura por inteiro, ou seja, o valor total, é um dos mais caros do mercado.

Colocando as contas no papel

Vamos supor que o juros rotativo esteja em 329% ao ano. Na prática, isso significa que se você contrair uma dívida de R$ 1.000,00, em 30 dias, ela se transforma em R$ 1.125,20. Em um ano, esse valor seria próximo de R$ 4.300,00.

Entretanto, ainda existe a possibilidade de parcelar a fatura para não entrar no crédito rotativo. Contudo, os malefícios ainda prevalecem, uma vez que o cliente enfrenta aumento no tempo de pagamento da dívida, arca com taxas de juros abusivas e perde sua credibilidade junto às instituições financeiras.

Caso tenha alguma dificuldade para pagar sua fatura integralmente, converse com a instituição que o atende e busque linhas de crédito mais baratas, como empréstimo pessoal, empréstimo com garantia ou empréstimo consignado, pois embora também tenham taxas altas, ainda são opções menos piores do que parcelar ou atrasar a fatura de seu cartão.

Por que tão caro?

No geral, a explicação é similar à do cheque especial. Contudo, como o número de famílias endividadas nessa modalidade é ainda mais elevado, o risco das instituições de não recuperar o valor é ainda maior. Dessa forma, a dica principal é: evite ao máximo “lotar” a fatura do seu cartão. A inadimplência pode ter seu preço, ou seja, o maior do mercado.