Em geral, grande parte dos investidores associam que os grandes riscos no mercado de capitais estão concentrados em ativos de renda variável e isso não necessariamente é um erro. Contudo, um equívoco que pode ser cometido na busca por investimentos mais seguros está na crença de que a renda fixa é livre de qualquer risco. Mas não caia nesse conto!
Acompanhe Ana Porto no Programa Mundo Business do último domingo
Uma das máximas do mercado consiste na ideia de que todo o investimento possui risco. No caso dos produtos de renda fixa, eles de fato são menores do que outros produtos do mercado, mas mesmo assim, não há como descartar possibilidades de perdas e contar com um pouco de incerteza.
Em primeiro lugar, um dos fatores que influenciam no nível de risco é a instituição financeira que emite um título, por exemplo. Nesse sentido, quanto menor a credibilidade, maiores podem ser as chances de um eventual calote, fazendo com que o investidor perca seu investimento. É claro que alguns produtos têm garantia do FGC, mas ela possui um limite de R$ 250 mil por CPF.
Geralmente, os títulos do governo são atrelados a menores níveis de insegurança, mas em caso de economias emergentes como o Brasil, os riscos de moratória são maiores. Por outro lado, a falta de liquidez em produtos dessa modalidade podem ser um impasse para o investidor. Nem sempre é possível resgatar os valores aplicados antes do vencimento.
Outro ponto de atenção é em relação aos investimentos prefixados, pois há o risco de ter sua rentabilidade inferior a SELIC caso ocorra um subida expressiva de juros e seu investimentos tenham sido prefixados a uma taxa menor.
Para atenuar alguns desses riscos, não há um segredo específico. O ideal é avaliar o histórico financeiro e de pagamentos das instituições que emitem esses títulos. Alinhar seus objetivos e horizonte de prazo, para a utilização dos recursos para que não precise resgatar o dinheiro antecipadamente. Por fim, avaliar o cenário e as expectativas de mercado para tomar uma decisão mais assertiva. Em caso de dúvidas e inexperiência, contar com uma assessoria é fundamental para evitar maiores problemas e crenças errôneas de que investimentos em renda fixa são 100% seguros.
