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Finanças de A a Z

por Ana Porto

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Diferenças entre investir como Pessoa Física e Jurídica

Geralmente, os investimentos realizados por meio de pessoas físicas (PFs) são os mais conhecidos e, inclusive, enquadram-se no foco principal desta coluna.

Contudo, se você é pequeno, médio ou grande empresário, o mercado de capitais não te deixa de fora das oportunidades e sempre é possível fazer o seu dinheiro trabalhar para você ou para sua empresa.

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Diferenças tributárias

Se você possui uma empresa, uma boa forma de fazer fluxo de caixa é por meio de investimentos. Afinal, nem sempre todo o dinheiro de caixa é necessário para realizar investimentos em um período temporal curto. Isso significa que, parte do caixa pode ser distribuído em diversos tipos de investimentos diferentes a fim de rentabilizar mais o caixa, mas buscando sempre gerenciar esses riscos.

Assim, caso a intenção seja começar a investir por meio de uma Pessoa Jurídica (PJ), há algumas particularidades tributárias que devem ser observadas. Vários produtos são isentos de IR no caso de PF, porém para PJ isso não se aplica. Podemos citar como exemplo, a LCA, LCI, CRA, CRI e debêntures.

No caso de fundos imobiliários, os dividendos são tributados para PJ, diferente de quando o investimento é feito por meio da pessoa física.  Quando falamos em investimentos em ações, também há diferença, caso seja pessoa física e efetue venda de ações com volume abaixo de R$ 20 mil ao mês, terá o beneficio da isenção, o que não se aplica para pessoa jurídica.

Diferenças de aplicações

Geralmente, quando se fala de PJs, costuma-se associar à aplicações de maior liquidez e incremento de caixa, além de uma reserva financeira para os negócios. Contudo, essa não é uma regra: investimentos em renda variável e mais arriscados também são possíveis caso haja um horizonte de longo prazo para os recursos. Neste caso, é importante que eles não sejam, de forma alguma, necessários para obrigações financeiras das empresas, pois por se tratarem de produtos diversificados eles estão sujeitos à variações e oscilação de mercado.

Mas vale ressaltar: as aplicações como PJ sofisticam e melhoram a gestão financeira de uma empresa, por exemplo. Na prática, muitos empreendedores ainda deixam seu capital de giro, e até a reserva direcionadas à investimentos futuros, bem como expansões, parados em uma conta corrente. Entretanto, é possível fazer o dinheiro trabalhar à favor do seu negócio.

Alguns produtos mais comuns para o fluxo de caixa de empresas e fundações são CDBs, bem como operações compromissadas, interessantes para essa gestão de tesouraria porque não há tributação do IOF regressivo.

Por fim, é importante ressaltar que caso esteja em dúvida sobre como começar a investir sendo PJ e qual modalidade e produto se encaixa melhor ao contexto específico, consulte uma assessoria especializada!