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Finanças de A a Z

por Ana Porto

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Quais são os melhores investimentos com a alta da Selic?

Ontem (16), o Comitê de Política Monetária (Copom) definiu um novo patamar para a taxa Selic, elevando-a em 0,75 ponto percentual, atingindo 4,25% ao ano. Essa alta já era esperada pelo mercado, inclusive segue em linha com a ata da última reunião, que já precificava esse aumento tendo a inflação no radar.

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Como se posicionar melhor após a alta?

Segundo a equipe de research do banco BTG Pactual, o ajuste mais forte se deu por conta da retomada econômica trimestral e as boas expectativas para o segundo semestre de 2021, com o avanço da vacinação no Brasil. Esses fenômenos devem alimentar ainda mais o nível de preços, pressionando a inflação, o que motivou a decisão do Copom em relação á elevação da taxa.

Nesse sentido, é natural que os investidores tenham dúvidas de como ajustar suas carteiras para aproveitar esse movimento. Mas, antes de tomar qualquer decisão, vale lembrar que dificilmente os juros retornarão ao patamar de dois dígitos. Assim, não precisa correr da bolsa ou dos investimentos em renda variável dado o aumento na Selic, mas talvez seja um momento de reflexão quanto a sua exposição, quanto ao seu apetite pelo risco e quanto á adequação de sua carteira de investimentos.

Assim, os produtos de renda fixa voltam a ser interessantes, principalmente na composição de uma frente mais conservadora do portfólio do investidor. Em cenário de alta da inflação e consequentemente dos juros, os títulos pós-fixados são uma boa opção, isto é, aqueles em que a rentabilidade está atrelada e indexada ao CDI. Tesouro Selic, CDBs pós fixados, fundos DI, LCIs e LCAs são alguns dos exemplos.

Pontos para ficar de olho

Em cenários de alta de juros, é preciso ter cuidado com as aplicações de produtos prefixados como Tesouro Pré, CDB Pré e LCA Pré, pois a rentabilidade desses produtos são travadas á uma taxa predeterminada em sua contratação. Logo, se a SELIC subir a patamares maiores que a taxa do produto que você contratou, sua rentabilidade não será mais vantajosa.  Além disso, acompanhar o Boletim Focus, publicado semanalmente pelo Banco Central, pode ser uma boa forma de planejar seus investimentos, observando os principais indicadores da economia brasileira.

Por fim, vale atentar ao cenário macroeconômico, principalmente à retomada macroeconômica do país e da economia internacional, além da inflação, uma vez que esses são os principais balizadores da política monetária.