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Finanças de A a Z

por Ana Porto

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Pré ou pós-fixado: qual a melhor opção?

No mercado de renda fixa, geralmente há um dilema entre a aplicação em títulos pré ou pós-fixados. Isso ocorre porque, dependendo dos indicadores macroeconômicos como a Selic e o IPCA, os rendimentos desses ativos são diretamente influenciados, provocando mudanças nos ganhos dos investidores. Assim, entenda como esses produtos se diferem.

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Qual a principal diferença?

No caso dos pré-fixados, a rentabilidade é conhecida no momento da contratação, porém, só é garantida nessas condições, desde que o investidor mantenha o investimento até seu vencimento. Deste modo, se um papel com remuneração contratada de 10% ao ano for adquirido por um período de 5 anos, ele garantirá 61,05% de rentabilidade, sobre o valor investido ao final do período. Em caso de resgate antecipado, esta condição não é garantida, e vale ressaltar que nem sempre há a possibilidade de resgatar antes do vencimento, por esse motivo, sempre considere esse recurso com foco de utilização apenas ao final do prazo definido na contratação.

Por outro lado, no caso dos produtos pós-fixados, os investidores não sabem ao certo qual será o rendimento. Isso porque a rentabilidade dependerá da performance do indexador ao qual o produto tem como referência. Podemos citar o CDB pós, atrelado ao CDI, neste caso o índice de referência será o CDI, que varia de acordo com a taxa SELIC.

No mercado brasileiro, existem CDBs, títulos do Tesouro, LCIs, LCAs e uma ampla gama de outros produtos em ambas as modalidades.

Perfil de risco

Em cenários como o atual, em que há elevação no nível de preços representados pelos índices de inflação, como IPCA e IGP-M, e a alta da taxa Selic, os pós-fixados acabam oferecendo maior segurança ao investidor em termos de preservação de rentabilidade.

Colocando as contas no papel 

É possível simular e entender quais títulos podem oferecer as melhores remunerações. Comparando R$ 50 mil em títulos pré com rentabilidade de 8,43% ao ano e vencimento em 2024, ao final do período terá um montante aproximado de R$ 63.740,92 . No caso de títulos pós fixados, caso considere uma Selic, média durante o período, de 6,50% ao ano (conforme projeção Boletim Focus), terá ao final do mesmo período o valor de R$ 60.390,00. Neste cenário, a melhor opção seria aplicar em um título pré fixado, caso não precisasse do recurso antes do vencimento. Porém, em cenários com expectativa de taxas Selic com elevações ainda mais expressivas, deve-se tomar cuidado com a taxa contratada, para que não corra o risco de trava-la com uma remuneração inferior á taxa futura da SELIC.

Mas vale lembrar que na decisão entre ambos, avaliar a conjuntura, acompanhar recomendações de especialistas e consultar a sua assessoria de investimentos é um caminho que pode evitar perdas nessas aplicações.