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Finanças de A a Z

por Ana Porto

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Seu aluguel está mais caro? Entenda o por que

Em maio deste ano, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 4,10%, resultando em um acumulado de 12 meses em 37,04%. Além disso, apenas em 2021, a alta acumulada é de 14,39%. Mas como isso impacta a sua vida?

Por ser um dos indicadores que servem de termômetro para a inflação no Brasil, esses resultados indicam que, de alguma forma, os brasileiros estão perdendo poder de compra.

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Como o IGP-M impacta no bolso dos brasileiros?

O IGP-M é uma das versões do Índice Geral de Preços (IGP), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que mensura a variação de preços do mercado, englobando desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais. O índice está diretamente relacionado com o dólar, que sofreu elevações contínuas ao longo de 2020 e 2021, elevando de maneira expressiva o resultado acumulado no período.

Por outro lado,  o IGP-M serve de referência para a correção de alguns contratos que são atrelados á inflação. Nesse contexto, ele é a principal referência no mercado imobiliário, reajustando custos em contratos de aluguel e também da energia elétrica.

Vale lembrar que, segundo a última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) realizada pelo IBGE, os gastos com habitação, que consistem em aluguel, condomínio, água, luz e gás, ocupam o primeiro lugar no orçamento dos brasileiros. Nesse sentido, a alta do IGP-M pesa ainda mais no bolso das famílias do país.

“No cenário atual, tanto locadores quanto locatários estão amargando perdas financeiras com a pandemia. Por isso, com a explosão do IGP-M, o ideal é buscar acordos privados entre ambas as partes, com o objetivo de minimizar as perdas e evitar judicialização dos casos, onde ambos saem perdendo”, afirma Luiz Stanger, corretor de imóveis e titular da coluna Mundo Imobiliário.

Como contornar o problema?

Em geral, contra efeitos inflacionários as receitas são mais amargas do que quando há descontrole das contas pessoais, por exemplo. Isso porque, por definição, há aumentos generalizados nos níveis de preço e, nesse caso, em uma das áreas essenciais para a população, que é a moradia. Assim, reavaliar os gastos mensais e cortar despesas supérfluas se torna ainda mais essencial, pelo menos até os índices de inflação se estabilizarem.

Ainda, como destacado por Stanger, renegociar os contratos em acordos particulares é uma saída no curto prazo. “No caso dos reajustes, é fundamental que os contratos possam ser recalibrados por outros índices, como o IPCA e, posteriormente, após estabilização, pelo IGP-M. Essas trocas de indicadores podem ocorrer por meio do uso de gatilhos como o tempo ou o patamar dos índices”, afirma.

“Para que consumidores e prestadores de serviços não sejam prejudicados, a flexibilidade nos acordos pode ajudar em suas manutenções ao longo do tempo. Por fim, o bom senso passa a ser peça-chave nesse processo”, finaliza.