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Finanças de A a Z

por Ana Porto

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Ações ou fundo de ações? Eis a questão!

Em março de 2020, mesmo após seis circuit breakers na bolsa, cerca de 300 mil investidores entraram na Bolsa. Ao todo, esse foi o quinto ano consecutivo de aumento do número de investidores. Consequentemente, são mais pessoas procurando produtos como ações e fundos de ações. Mas qual a diferença entre ambos?

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Qual a melhor opção?

Basicamente, as ações são papéis que representam parcela de uma empresa listada em bolsa. Assim, ao adquiri-las, o comprador se torna “sócio” da companhia, concedendo capital para o reinvestimento em suas operações ou expansão, por exemplo. Nesse sentido, elas são compradas individualmente.

Por outro lado, os fundos de ações são produtos que, por definição, devem aplicar no mínimo 67% de seu patrimônio em ações, que podem ser variadas, de diferentes empresas e setores. Nesse caso, os investidores compram cotas do fundo e não as ações diretamente.

A partir dessa lógica, existem algumas vantagens dependendo do seu nível de expertise no mercado. “Fundos são uma ótima opção para investidores iniciantes e que não possuem muito tempo para focar nos investimentos. Basicamente, você delega as decisões a um gestor profissional”, afirma Dirceu Simões, analista de fundos do time de Portfolio Solutions APX Invest.

“Dito isto, é essencial pesquisar o histórico dos gestores. Longo período de atuação com retornos consistentes e resiliência nos momentos de crise são ótimos indicadores de um bom gestor”, acrescenta.

Assim, vale ressaltar que nesses veículos, o investidor não possui autonomia na escolha dos papéis, mas conta com maior diversificação, visto que alocam-se os recursos em diferentes ativos.

“Lembre-se também que, fundos de ação possuem alta volatilidade. Por isso, deve-se ter em mente que por melhor que ele seja, inevitavelmente poderão ocorrer fortes quedas em momentos de estresse do mercado, como em março de 2020”, destaca.

“Ainda, é importante ressaltar que fundos de ações Long Only são fundos que ficam totalmente alocados independente do cenário, possuindo volatilidade semelhante a da bolsa. Já a estratégia Long Bias é uma alternativa para o investidor que tem vontade de se expor ao mercado acionário, mas não possui tanto apetite ao risco da bolsa. Nessa estratégia, o gestor usa ferramentas com o intuito de mitigar a volatilidade das ações, com estratégias para proteção”, conclui.

Tributação e custos

Em termos de pagamento de impostos, os fundos possuem uma vantagem: o Imposto de Renda (IR) é retido na fonte, ou seja, quando resgatar o seu recurso, o imposto já será descontado. Ainda, é cobrado o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), mas só há incidência sobre o rendimento apenas nos resgates feitos em um período inferior a 30 dias, contando a partir da aplicação. Em contrapartida, também é cobrada uma taxa de administração, que incide sobre o patrimônio mantido pelo investidor e, em alguns casos, uma taxa de performance.

Para ações, há a necessidade de realizar o recolhimento do IR através de emissão de DARF, como abordado anteriormente, há também cobrança de corretagem e taxas da B3.

Entenda seu objetivo, seu nível de conhecimento, sua disponibilidade e aceitação a correr risco e analise com atenção  os produtos e o cenário para tomar a decisão mais adequada ao seu perfil.