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Finanças de A a Z

por Ana Porto

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Voltou a valer a pena investir em Tesouro Direto?

Com os juros voltando a subir e a Selic a 4,25%, no maior patamar desde fevereiro de 2020, algumas pessoas passam a se questionar se o Tesouro Direto está voltando a valer a pena.

No entanto, quem já investe nos títulos deve ter percebido uma desvalorização nos últimos meses. Nesse sentido, dos 27 títulos negociados no mercado, somente sete operaram no campo positivo. Mas como isso pode ter acontecido se estamos falando de renda fixa?

Por que o preço de um título de renda fixa também pode cair?

A marcação a mercado é, basicamente, o preço pago por um título em um momento determinado. E ela varia de acordo com as condições de mercado. Assim, quando o retorno dos títulos sobe, por exemplo, aquele título comprado quando as taxas eram menores cai devido à marcação a mercado. Mas vale ressaltar sempre que o investidor só realiza a perda se decidir vender o investimento. Caso contrário, ele apenas receberá taxas menores pelo seu dinheiro do que as taxas praticadas no mercado.

Portanto, um dos motivos dos títulos terem perdido valor recentemente é o fato de que, com a alta da inflação e, consequentemente, da Selic, o impacto sobre o preço dos papéis é de perda na marcação a mercado.

Mas e agora, quais são as opções?

Apesar das oscilações de curto prazo, é exatamente neste cenário que as oportunidades da renda fixa aparecem. É possível comprar títulos que se beneficiem da alta dos juros ou mesmo da inflação, como os pós-fixados e indexados à Selic e os títulos híbridos, que possuem parte fixa e parte indexada à inflação.

É importante ressaltar que não há apenas opções de títulos públicos, mas também privados, como CRI, CRA, LCI, LCA, CBDs e debêntures.

Para a reserva de emergência, por exemplo, vale se atentar também à liquidez e se há ou não marcação a mercado.

Essa coluna tem como único propósito fornecer informações e não constitui ou deve ser interpretada como uma oferta, solicitação ou recomendação de compra ou venda de qualquer instrumento financeiro ou de participação em qualquer estratégia de negócio específica. Possui finalidade meramente informativa, não configurando análise de valores mobiliários nos termos da Instrução CVM Nº 598, e não tendo como objetivo a consultoria, oferta, solicitação de oferta e/ou recomendação para a compra ou venda de qualquer investimento e/ou produto específico.