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Finanças de A a Z

por Ana Porto

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Custo de vida muda muito entre cidades brasileiras, podendo variar 14%

O custo de vida pode ter uma variação de até 14% entre as cidades brasileiras mais caras e mais baratas, apontou a Pesquisa anual de Custo de Vida da consultoria Mercer. O estudo avalia dez categorias diferentes de consumo em 17 cidades brasileiras.

A média ponderada das categorias é comparada à média de São Paulo, utilizada como referência.

Acompanhe Ana Porto na Coluna Mundo Business do último domingo

Cidades mais baratas para se viver por categoria

O custo dos serviços domésticos teve uma variação de 62%, a maior entre todas as categorias analisadas. Ou seja, a variação de preço de diárias de limpeza, serviços de babá e serviços de lavanderia é uma das maiores do país entre as cidades. Assim, é válido observar se você utiliza ou não serviços como esse na hora de escolher um local, por exemplo. A cidade de Porto Alegre é a mais cara nesta categoria, com 7% a mais do que em São Paulo, enquanto Fortaleza e Recife registraram custo 34% abaixo da média paulista.

Além disso, as refeições fora de casa tiveram uma variação de 52%, com o Rio de Janeiro 4% acima da capital paulista e Fortaleza -32% abaixo. Esse é um gasto passível de ser evitado pelo menos nos dias de semana, principalmente tendo em vista que pode corroer grande parte do orçamento, podendo ser substituído pela alimentação preparada em casa.

Já a categoria esporte e lazer pode variar até 51% entre as cidades. Manaus lidera o ranking de maiores gastos, enquanto Belo Horizonte tem o menor custo.

Em relação aos cuidados pessoais e roupas e calçados, o Rio de Janeiro lidera como a cidade mais cara, com valores 11% acima dos praticados em São Paulo. Já Campo Grande está 25% abaixo da capital paulista.

Os serviços de utilidade pública são um fator fixo do qual não há como fugir. Neste caso, estão inclusos itens como energia elétrica e telefonia, que podem variar até 30% entre a cidade mais barata e a mais cara. Curitiba é mais cara, com 28%, seguida por Fortaleza, com 20%, e Rio de Janeiro, com 18%.

Por fim, mais uma categoria indispensável é o transporte, que analisa desde preço de veículos zero-quilômetro até o valor do transporte público. Aqui, Porto Alegre está à frente do ranking, com 6% a mais do que São Paulo, e Campinas é a mais barata, com 2% abaixo. Como podemos ver, a variação de preços do transporte é a menor entre as categorias analisadas, com apenas 8% de variação.

Como isso impacta na sua vida

O estudo nos mostra como, ao decidir onde morar, é essencial avaliar a relação custo-benefício entre o custo de vida e os salários pagos na região, sem deixar de mencionar também a qualidade de vida que o local oferece.

Ao escolher também vale ficar atento em relação à quais são os serviços e bens mais consumidos por você e qual cidade melhor se adequa ao seu perfil, se esta for uma escolha, é claro. Ou seja, se grande parte do seu orçamento está direcionado à serviços domésticos, vale analisar as opções em que estes serviços se encontram mais em conta, como Recife e Fortaleza. Por outro lado, se você praticamente não utiliza serviços de lazer e esportes, não haveria problema em ir para as cidades onde esses custos são maiores.

Essa coluna tem como único propósito fornecer informações e não constitui ou deve ser interpretada como uma oferta, solicitação ou recomendação de compra ou venda de qualquer instrumento financeiro ou de participação em qualquer estratégia de negócio específica. Possui finalidade meramente informativa, não configurando análise de valores mobiliários nos termos da Instrução CVM Nº 598, e não tendo como objetivo a consultoria, oferta, solicitação de oferta e/ou recomendação para a compra ou venda de qualquer investimento e/ou produto específico.