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Finanças de A a Z

por Ana Porto

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Comer fora de casa é o veneno das finanças!

Um dos maiores gastos das famílias brasileiras é com alimentação. Não é novidade que comer fora de casa é mais caro, mas qual é o real impacto disso nas suas contas? De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 25% da renda das famílias é utilizada para alimentação fora do lar.

Ou seja, se você recebe R$ 2 mil, o valor gasto com refeições em restaurantes, lanchonetes, bares, entre outros é de R$ 500. E isso é ainda pior em um cenário de aumento dos preços dos alimentos.

25% da renda das famílias brasileiras é usada em refeições fora de casa

Vamos fazer uma simulação breve. Em média, o custo de uma refeição self-service fora de casa em Vitória é de R$ 32,34, de acordo com a Pesquisa do Preço Médio da Sodexo de 2019/2020. Na Serra, o custo médio é de R$ 30,71 e em Vila Velha R$ 32,50.

Assim, supondo 22 dias de trabalho por mês, o gasto seria de R$ 711,48 por pessoa em Vitória, R$ 675,62 na Serra e R$ 715 em Vila Velha. E isso considerando apenas o almoço, imaginem o custo para quem realiza todas as refeições fora de casa ou por delivery.

Dessa forma, o montante total consumido equivale a cerca de 70% de um salário mínimo por pessoa em um mês.

Nesse sentido, o problema é grave, visto que as famílias brasileiras gastam cerca de 25% de sua renda com alimentação fora do lar, segundo dados do IBGE de 2015. Além disso, gastam em média 32,8% do seu orçamento para alimentação com comidas compradas fora de casa, ou seja, em restaurantes, bares e lanchonetes, segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Vale ressaltar ainda que são analisadas apenas refeições feitas e consumidas fora de casa. Ou seja, o delivery nem está nessa conta.

Alta da inflação dos alimentos em Vitória

O cenário é ainda mais drástico ao considerarmos que a comida vem ficando mais cara, principalmente no último ano. A inflação na Grande Vitória está em patamar superior à média do resto do Brasil.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na capital do Espírito Santo, por exemplo, registrou alta de 8,88% no acumulado nos últimos 12 meses até junho, enquanto a média nacional foi de alta de 8,35%. Essa elevação dos preços foi impulsionada principalmente pela alta na inflação dos alimentos.