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Finanças de A a Z

por Ana Porto

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34 milhões de brasileiros não têm acesso a bancos

Ainda existem 34 milhões de pessoas, o equivalente a 21% da população, que não têm uma conta bancária ou não a utiliza com frequência no Brasil, apesar de todo o avanço recente em relação à digitalização. Os dados são de estudo exclusivo do Instituto Locomotiva de janeiro de 2021. Nesse sentido, 10% dos brasileiros não possuem conta em banco, o equivalente a 16,3 milhões, enquanto os outros 11%, ou 17,7 milhões, não movimentaram a conta no mês anterior à pesquisa.

Apesar do número de pessoas com acesso à serviços financeiros ainda ser baixo, ele vem reduzindo nos últimos anos. Em janeiro de 2020, o percentual de desbancarizados que hoje está em 21%, estava em 29% do total.

Destrinchando os resultados

Somente do início da pandemia até o final de 2020, 10 milhões de contas bancárias foram abertas no país, o que mostra uma evolução em relação à bancarização. Além da maior digitalização em função das restrições impostas pela pandemia, o auxílio emergencial também pode ter sido um fator que incentivou a abertura de contas.

Além disso, o estudo mostrou que os 10% de brasileiros que não possuem conta em banco são majoritariamente do interior, mulheres, entre 18 e 29 anos e das classes D e E, além de menos escolarizados, com formação até o Ensino Fundamental.

Quando questionados em relação aos motivos, 44% dizem que não querem e/ou não precisam de uma conta bancária, enquanto 40% dizem que não possuem renda ou que estão negativados.

Evolução dos serviços financeiros no Brasil

Já entendemos que há muitos desbancarizados no Brasil. Mas não é apenas isso, o problema de inclusão financeira vai muito além. Grande parte dos que possuem uma conta bancária têm problemas quanto à qualidade dos serviços, por exemplo. Apenas o fato de mais de 15% da população brasileira investir na caderneta de poupança já mostra como o acesso a bons investimentos é deficiente no país.

Ou seja, a inclusão financeira ainda tem um longo caminho para trilhar, com cada vez mais investidores entrando na bolsa de valores por exemplo, ou mesmo um acesso maior a produtos de renda fixa com rentabilidades mais vantajosas.

Essa coluna tem como único propósito fornecer informações e não constitui ou deve ser interpretada como uma oferta, solicitação ou recomendação de compra ou venda de qualquer instrumento financeiro ou de participação em qualquer estratégia de negócio específica. Possui finalidade meramente informativa, não configurando análise de valores mobiliários nos termos da Instrução CVM Nº 598, e não tendo como objetivo a consultoria, oferta, solicitação de oferta e/ou recomendação para a compra ou venda de qualquer investimento e/ou produto específico.