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Finanças de A a Z

por Ana Porto

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Alta da Selic: hora de voltar para a renda fixa?

Na noite de ontem (04), o Copom aumentou a taxa básica de juros da economia brasileira, a chamada taxa Selic, em 1 ponto percentual, para 5,25% ao ano. Com isso, produtos de renda fixa passam a apresentar uma rentabilidade maior, tornando-os mais interessantes em relação ao último ano.

Mas e então, agora posso voltar a investir na poupança? É claro que não, existem diversas oportunidades no mercado que tendem a captar melhor essa alta da Selic, pagando taxas atrativas ao investidor.

Os títulos indexados ao CDI devem captar o ciclo de alta da Selic

Não apenas a Selic já vem subindo, como também a projeção do BTG Pactual para a taxa ao fim do ano é de 7,50%.

Com isso, uma das oportunidades para capturar o movimento são os títulos pós-fixados indexados à Selic, pois seus retornos variam de acordo com o aumento da taxa. Vale ressaltar que hoje, como a Selic ainda está em patamares baixos comparativamente ao histórico brasileiro, os prêmios pagos para investir na renda fixa são maiores do que provavelmente serão no momento em que os juros chegarem ao patamar máximo esperado.

O prêmio é, basicamente, o percentual de remuneração pago pelo emissor para remunerar o seu dinheiro. Por exemplo, hoje é muito mais provável você encontrar um CDB que paga 150% do CDI do que deve ser quando as taxas de juros estiverem maiores.

Mas quais são estes títulos pós-fixados para aplicar no momento? Alguns exemplos são títulos bancários como CDB, LCI, LCA, ou crédito privado como CRI, CRA e debêntures. Há também a possibilidade de aplicar em títulos públicos por meio do Tesouro Direto.

Os títulos são papéis por meio dos quais você empresta dinheiro ao emissor, que assume um compromisso de quitar a dívida com você, com rendimentos fixos. No caso de títulos bancários e privados, os emissores podem ser Instituicoes financeiras e empresas, respectivamente. Estes investimentos geralmente possuem um rendimento melhor quando comparados com os títulos públicos, sendo que muitas vezes o risco é baixo.

Títulos indexados à inflação também cumprem o papel

Não apenas a Selic, mas a inflação também vem subindo. Nesse sentido, o IPCA acumulou alta de 8,35% nos últimos 12 meses. Já para o final do ano, o Copom projeta alta de 6,79% no indicador. Por isso, os títulos indexados à inflação também devem garantir bons rendimentos, além de proteger o investidor contra a alta dos preços.

Cuidado com os pré-fixados

O retorno dos títulos prefixados é determinado no momento da compra por uma taxa, como o nome já diz, fixa. Assim, você já sabe quanto irá receber no momento do vencimento deste. Por isso, os títulos adquiridos recentemente, com a taxa de juros na mínima histórica, começam a perder a atratividade.

Mesmo que o CDI não influencie diretamente em quanto os prefixados pagam, ainda assim há algum impacto, pois caso a taxa Selic venha a subir muito, pode ultrapassar a sua taxa contratada no prefixado, fazendo assim com que sua rentabilidade seja menor do que a atual taxa de juros remunera os investimentos, ou seja, você deixa de ganhar mais dinheiro.

Quando a Selic está mais alta, os prefixados tendem a definir sua taxa maior, e vice-versa. Isso porque a rentabilidade é calculada naquele momento com base nos juros praticados no mercado mais um prêmio de risco, chegando a um percentual definido na contratação.

Essa coluna tem como único propósito fornecer informações e não constitui ou deve ser interpretada como uma oferta, solicitação ou recomendação de compra ou venda de qualquer instrumento financeiro ou de participação em qualquer estratégia de negócio específica. Possui finalidade meramente informativa, não configurando análise de valores mobiliários nos termos da Instrução CVM Nº 598, e não tendo como objetivo a consultoria, oferta, solicitação de oferta e/ou recomendação para a compra ou venda de qualquer investimento e/ou produto específico.