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Finanças de A a Z

por Ana Porto

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Como investir em imóveis com pouco dinheiro

Você já teve a vontade de adquirir um apartamento, casa ou outro tipo de imóvel para ter renda passiva, mas não tinha dinheiro o bastante para comprar um bom imóvel? O mercado financeiro pensou em uma solução para este problema. Os fundos imobiliários, também chamados de FIIs são utilizados justamente com esse intuito.

Estes funcionam de forma similar a outros fundos de investimento, reunindo pessoas interessadas para investir, com os gestores guiando os rumos dos recursos investidos. Assim, os FIIs são bem acessíveis, tendo em vista que você não precisa comprar um imóvel físico nem imobilizar um grande valor para investir.

Fundamentos dos fundos imobiliários: devo investir?

No geral, existem diversos tipos de FIIs que representam inúmeros setores. Por exemplo, você pode comprar cotas de um fundo imobiliário relacionado ao agronegócio e à logística, além de fundos de papéis (CRI e LCI), fundos que compram cotas de outros fundos e fundos de shoppings, por exemplo. Existem diversas opções e por isso, temos a primeira característica: a diversificação. Em suma, por ser um investimento acessível, você pode investir em diferentes segmentos do mercado imobiliário, diluindo assim o seu risco.

Por outro lado, a acessibilidade é outro ponto fundamental, uma vez que é possível começar a adquirir ativos a partir de aproximadamente R$ 100,00. Além disso, essas aplicações garantem maior liquidez do que o imóvel físico, por exemplo. Quando houver desejo ou necessidade, é possível vender suas cotas a qualquer momento e de forma integral ou não, o que concede liquidez ao investidor sem a necessidade de dispor do valor integral.

Por fim, é possível aliar ganhos com uma renda mensal. Isso porque há um fluxo de recebimento de dividendos, que equivalem ao recebimento do aluguel, e neste caso são isentos de Imposto de Renda para o investidor pessoa física. Enquanto isso, o investidor também pode ganhar com a valorização das cotas. No fim das contas, os FIIs são mais uma forma de fazer o dinheiro trabalhar por você.

Rendimentos dos FIIs

Vale lembrar que trata-se de um produto de renda variável e suas cotas sofrem oscilações a todo momento de acordo com o reflexo de oferta e procura das cotas no mercado secundário. Outro fator a ser levado em conta é o cenário macroeconômico, pois quando está favorável, há um aumento na procura por imóveis e consequentemente os contratos de aluguel são reajustados de maneira positiva, gerando assim um aumento na rentabilidade dos fundos.

A regulamentação dos FIIs estabelece que, no mínimo, 95% dos lucros devem ser distribuídos, a cada semestre. Mesmo assim, a maioria dos FIIs fazem essa distribuição mensalmente, porém isso varia conforme a política de aplicações de cada FII.

Como falamos anteriormente, a distribuição de lucros é isenta de IR para pessoa física, porém algumas condições são necessárias para que isso ocorra: cotistas devem ter menos de 10% das cotas, o fundo deve possuir no mínimo 50 cotistas e as cotas do fundo devem ser negociadas exclusivamente na bolsa de valores.

É importante lembrar que, apenas os lucros são isentos. Quando efetuar a venda de qualquer valor e tiver lucro, ou seja, vendeu a cota mais cara do que comprou, você deverá recolher IR através de DARF, sendo devida a alíquota de 20% sobre o ganho de capital.

Segundo o site da B3, existem 358 opções de FIIs à disposição do investidor.

Dependendo de sua experiência no mercado e seu conhecimento sobre o produto, recomenda-se uma assessoria. Afinal, os FIIs são uma boa alternativa de renda passiva se o investidor conseguir optar por aqueles com bons fundamentos e boa gestão.

Essa coluna tem como único propósito fornecer informações e não constitui ou deve ser interpretada como uma oferta, solicitação ou recomendação de compra ou venda de qualquer instrumento financeiro ou de participação em qualquer estratégia de negócio específica. Possui finalidade meramente informativa, não configurando análise de valores mobiliários nos termos da Instrução CVM Nº 598, e não tendo como objetivo a consultoria, oferta, solicitação de oferta e/ou recomendação para a compra ou venda de qualquer investimento e/ou produto específico.