instagram facebook twitter youtube whatsapp email linkedin Abrir

Finanças de A a Z

por Ana Porto

images.jpg

Como investir sabendo exatamente quanto vai ganhar?

Muitas aplicações, em função das variações que podem sofrer a depender do cenário do mercado, são tidas com mais arriscadas, causando desconforto a alguns investidores que preferem aplicações mais seguras, geralmente da renda fixa.

Mas dentro das aplicações de renda fixa, também há algumas que variam de acordo com condições de mercado, como aquelas indexadas ao IPCA e à Selic, por exemplo, que variam de acordo com a oscilação destes índices.

Nesse sentido, se você quer uma aplicação que renda uma taxa totalmente fixa e pré-acordada, as aplicações de renda fixa pré-fixadas são as ideais para você. Dessa forma, é possível saber exatamente o valor a ser sacado no momento de retirada.

Aplicações pré-fixadas: como funcionam?

As aplicações de renda fixa pré-fixadas são títulos que têm sua rentabilidade definida no momento da compra. Mas como esta taxa é definida? Ela depende das expectativas para os juros futuros no momento da aplicação, além de mecanismos de oferta e demanda. Ou seja, a opinião coletiva dos compradores e vendedores dos títulos ajuda a determinar quanto de juros será pago.

Entre estas, é possível encontrar títulos públicos, como o Tesouro Direto, e privados e bancários, como debêntures, LCI, LCA, CRI, CRA, CBD, entre outras. Vale ressaltar que os títulos privados tendem a pagar mais, na grande maioria das vezes.

No momento em que escrevo, o Tesouro Prefixado para 2024 está pagando uma taxa de 10,09% ao ano. Dessa forma, se você investir R$ 1 mil agora, em 2021, receberá um total aproximado de R$ 1.284 ao fim do período, já descontada a alíquota mínima de 15% do Imposto de Renda (IR), que é contabilizada em aplicações que ultrapassam 720 dias, e a taxa da B3.

Vale ressaltar que a liquidez, pelo menos dos títulos públicos prefixados, é de D+1, ou seja, após solicitar o resgate, o dinheiro entra na sua conta no dia seguinte. Porém, é importante lembrar que em caso de resgate antes do vencimento, esse valor poderá sofrer redução e não pagará a taxa contratada, pois ela só é garantida caso você leve o título até o vencimento.

Momento mais adequado para investir

Devido à característica de possuir uma taxa de remuneração fixa desde o início, é necessário se atentar ao momento do aporte inicial. Isso porque se houver uma mudança relevante no patamar dos juros durante o período da vigência de seu título, ele pode se tornar menos vantajoso. Isso se aplica principalmente em cenários em que temos a expectativa de alta expressiva de juros.

Há cerca de cinco meses atrás, por exemplo, você encontraria taxas de 8,34% nos títulos prefixados do governo para vencimento em 2026. Mas desde então a taxa Selic saiu de 2,75% para 5,25% hoje, com perspectivas de subir ainda mais até o final de 2021. Dessa forma, se tivesse investido naquele momento, estaria perdendo valor pois a remuneração seria menor do que as disponíveis no mercado atualmente.

Entretanto, isso também se aplica para o movimento inverso e para momentos em que temos uma expectativa de taxa de juros com pouca oscilação. Por isso, é importante analisar o momento econômico do país e as projeções que podem ser acompanhadas através de relatórios e boletins oficiais que auxiliam nas diretrizes e são atualizados constantemente.