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Finanças de A a Z

por Ana Porto

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Mais uma alta nos juros: saiba o que fazer

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) se reuniu mais uma vez para revisar a taxa básica de juros da economia, a Selic. Com isso, ficou definida uma nova alta para a taxa, de 5,25% para 6,25%, ou seja, um aumento de 1 p.p. Além disso, o Boletim Focus, do próprio Banco Central, já aponta para a taxa em 8,25% ao fim deste ano.

Um dos efeitos é o aumento dos retornos da renda fixa em geral. Mas nem tudo são flores: os retornos dos títulos pré-fixados podem ser comprometidos caso tenham sido contratados a uma taxa mais baixa.

Melhor opção para investir com a alta da Selic

Os juros tem sofrido aumentos consecutivos há alguns meses, o que favorece alguns e pode ser uma oportunidade, para outros pode ser um problema, como para quem possui dívidas atreladas à Selic.

Um dos efeitos do aumento da taxa  é a diminuição dos spreads, isto é, há alguns meses era possível encontrar títulos de renda fixa pagando mais de 150% do CDI, mas hoje a média está por volta dos 120%. Ou seja, quanto mais a taxa subir, menores serão esses percentuais de remuneração. Vale lembrar que o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) remunera os investimentos de renda fixa e acompanha os movimentos da taxa Selic.

Assim, para se beneficiar dos aumentos da renda fixa, é possível investir por meio de títulos públicos ou privados, principalmente para compor uma parcela mais conservadora do portfólio de investimentos. É o caso do Tesouro Selic, fundos DI, CDBs, LCIs, LCAs, CRIs e CRAs pos fixados.

Quais cuidados tomar?

Apesar da abertura de algumas janelas de oportunidades, há alguns cuidados para se atentar. Um deles está relacionado à variação dos fundos de investimento de renda fixa. Muitos deles adquiriram títulos quando a Selic estava mais baixa, o que pode comprometer seus retornos atuais.

O que influencia nesse sentido é a marcação a mercado, que consiste na atualização diária nos preços de títulos de renda fixa. Assim, se existem ofertas melhores no mercado do que havia quando o título foi adquirido, é como se ele perdesse valor e caísse de preço o que faz com que os fundos tenham uma rentabilidade negativa em determinados dias.

Essa coluna tem como único propósito fornecer informações e não constitui ou deve ser interpretada como uma oferta, solicitação ou recomendação de compra ou venda de qualquer instrumento financeiro ou de participação em qualquer estratégia de negócio específica. Possui finalidade meramente informativa, não configurando análise de valores mobiliários nos termos da Instrução CVM Nº 598, e não tendo como objetivo a consultoria, oferta, solicitação de oferta e/ou recomendação para a compra ou venda de qualquer investimento e/ou produto específico.