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Finanças de A a Z

por Ana Porto

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Profissões que mais precisam de uma reserva de emergência

Você é uma daquelas pessoas que acham que no seu caso não é necessária uma reserva de emergência? Hoje, para além do discurso já cansativo de como a reserva de emergência é necessária, vamos falar sobre em quais profissões a reserva de emergência é mais urgente e em quais ela, embora importante, seja menos essencial em função de riscos menores.

A urgência é maior em profissões mais arriscadas

Geralmente, a principal função da reserva de emergência é cobrir gastos em caso de demissão, reduzindo assim o risco de ter que resgatar investimentos que não estejam em um bom momento, gerando assim realização de prejuízos. Portanto, a reserva de emergência se faz mais necessária quanto maior é a instabilidade da profissão.

Uma das atividades que mais precisam de uma reserva de emergência é a de empreendedores. Embora períodos de vacas gordas existam, os períodos de vacas magras quase sempre chegam. Se neste momento você empreendedor não tiver a sua reserva os problemas podem ser grandes, desde a impossibilidade de continuar tocando o negócio, até o endividamento excessivo na pessoa física para bancar as despesas do dia-a-dia.

Por isso, sempre se lembre de guardar recursos em aplicações conservadoras e com alta liquidez quando o dinheiro estiver “sobrando”. Dessa forma, você terá mais garantias. Inclusive, recomenda-se que os autônomos e empreendedores tenham uma reserva de emergência equivalente ao dobro do adotado pelo restante dos trabalhadores em geral, o que pode ser adotado por quem pretende ter maior segurança e vê riscos em sua atividade profissional.

Mas também podemos pensar em profissionais que estão diretamente ligados à mercados cíclicos, como o imobiliário. Os mercados cíclicos são aqueles caracterizados por empresas que tem um desempenho influenciado fortemente por variáveis econômicas, a exemplo de inflação, taxa de juros e variação do câmbio, o que é muito difícil de prever no longo prazo. O mercado imobiliário, por exemplo, é bastante influenciado pela taxa de juros.

Além disso, profissões que já tenham muitos profissionais no mercado, podem ser mais voláteis em função da alta competitividade, aumentando o risco de uma possível demissão. Se o seu trabalho possui características como estas, a reserva de emergência se faz ainda mais necessária.

Agora, em relação às profissões em que a reserva de emergência é menos requisitada, podemos citar os servidores públicos, categoria em que uma demissão é praticamente impossível. O direito adquirido é uma garantia para estas pessoas, que possuem uma estabilidade profissional muito maior. Mas apesar de ser “menos necessária”, ainda assim é importante ter a reserva de emergência. Afinal, esta reserva não serve apenas para desempregados, mas sim para emergências, como o nome já diz.

Portanto, embora na maioria das vezes ela seja utilizada em uma situação de desemprego, também pode ocorrer de alguém da família ficar doente de forma inesperada e precisar de tratamentos caros, por exemplo.

O que considerar ao montar sua reserva de emergência?

A reserva de emergência deve compor um valor entre 6 a 12 vezes os seus gastos mensais. Para isso, reúna todas as suas informações de gastos mensais, defina o que poderia ser cortado de não essencial e multiplique por 6 a 12, a depender da sua profissão, para saber quanto precisa ter como reserva.

Se você ainda não sabe onde aplicar a reserva, clique aqui.