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Finanças de A a Z

por Ana Porto

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Eleições ano que vem: como proteger seu dinheiro

Em anos eleitorais, é visível como a volatilidade, isto é, a variação dos ativos, em bolsa aumenta. Em alguns casos ainda puxando os índices para baixo. Nesse sentido, muitas pessoas perguntam se a proximidade das eleições já está influenciando no preço dos ativos. Com possíveis incertezas sobre o direcionamento do próximo governo a ser eleito em 2022, o que pode afetar o mercado, é natural que se já não estiver afetando, em um futuro próximo passe a afetar.

Assim, existem algumas medidas que podem ser tomadas para deixar seu dinheiro menos suscetível às variações do mercado.

Risco político e investimentos em bolsa

Embora o que guia o preço das ações no longo prazo sejam os fundamentos das empresas que elas representam, alterações no cenário econômico e político podem ocasionar na piora da situação destas empresas, visto que eventuais problemas podem prejudicar a atividade econômica, dentre outros fatores.

Dessa forma, ao visualizar riscos políticos, como o recente problema da flexibilização do teto de gastos que pode piorar as contas do governo no longo prazo, o mercado tende a reagir de forma imediata a cada nova informação, aumentando o que chamamos de volatilidade, que é basicamente uma variação muito elevada no preço dos ativos, tanto para cima quanto para baixo. Isso é bastante comum no contexto de eleições, fazendo com que quem está investindo precise ter mais estômago para manter as ações e, principalmente, não vender no momento errado.

Para mitigar esses riscos, é preciso diversificar bem a carteira, o que deve ser feito de acordo com o seu perfil de investidor. Se você tem mais tolerância ao risco, por exemplo, com um perfil arrojado, sua exposição às ações pode ser um pouco maior do que um investidor moderado, que por sua vez pode se expor mais do que um investidor conservador.

Assim, em um contexto de incerteza e alta volatilidade, reduzir a alocação em bolsa pode ser uma boa escolha, principalmente se você tem um perfil mais conservador.

Mas então, onde colocar meu dinheiro?

Existem algumas aplicações menos arriscadas para momentos como estes. Com a alta da Selic, que veio para 7,75% na última reunião do Copom e deve encerrar o ano por volta de 9%, os retornos da renda fixa por aqui também estão mais altos, tanto em títulos pós fixados atrelados ao CDI quanto ao IPCA.

Além disso, para fugir do risco Brasil, uma das alternativas é alocar em ativos no exterior, que são mais descorrelacionados em relação à bolsa brasileira. Mas vale ressaltar que devem ser ativos selecionados, tendo em vista que o mercado americano está próximo de ver uma redução das compras de títulos pelo governo, o que tem um efeito contracionista na economia em geral. Portanto, ativos selecionados de acordo com o preço e os fundamentos são a melhor opção.

Essa coluna tem como único propósito fornecer informações e não constitui ou deve ser interpretada como uma oferta, solicitação ou recomendação de compra ou venda de qualquer instrumento financeiro ou de participação em qualquer estratégia de negócio específica. Possui finalidade meramente informativa, não configurando análise de valores mobiliários nos termos da Instrução CVM Nº 598, e não tendo como objetivo a consultoria, oferta, solicitação de oferta e/ou recomendação para a compra ou venda de qualquer investimento e/ou produto específico.