A corrida do ouro (e do dólar)
Em momentos de crise, é comum observar um movimento de mercado em torno do ouro e do dólar. Isso ocorre porque, culturalmente, ambos os ativos são vistos pelos investidores como uma forma de se proteger dos impactos negativos.
Tradicionalmente, ao longo da história, o ouro sempre foi visto como uma excelente reserva de valor, dado a sua utilidade para diversos setores da indústria, além de ser um bem extremamente durável e que possui um potencial de geração de valor inato.
Desta forma, o esperado é que o ouro tenha uma grande valorização durante essa crise, dado que investidores ao redor do globo estão buscando proteger seu patrimônio da inflação gerada pelo conflito.
Seguindo nessa ideia de proteção, o dólar que estava em ritmo de desvalorização ante ao real, retomou um pouco de sua força com o início do conflito. Isso se deve, muito em parte, ao medo que investidores estrangeiros estão de aplicar em países emergentes cuja moeda é mais fraca, mesmo estando atrelados a uma maior rentabilidade fixa. Desta forma, o fluxo de capital estrangeiro esperado no mercado brasileiro devido às recentes altas das taxas de juros, é menor e quanto mais o conflito se estender, por mais tempo este ciclo se perdura.
Em resumo, é esperado que em momentos de estresse geopolítico, investidores busquem sair de ativos com um maior risco atrelado e alguma forma de proteção para sua carteira de investimentos. No entanto, é importante, principalmente se tratando de mercado financeiro, agir com cautela e inteligência, para não tomar decisões precipitadas sobre compra ou venda de ativos, em momentos de grande turbulência global.