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Finanças de A a Z

por Ana Porto

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Os perigos e vantagens do parcelamento

A modalidade de pagamento por parcelamento surgiu há algumas décadas no país, e hoje é uma mão na roda para quem quer fazer uma compra de grande valor, ou mesmo dividir o valor de uma viagem. Mas muitos brasileiros estão se enrolando com as parcelas. Segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), 63% dos brasileiros adultos estão endividados e muitos deles por conta de parcelamentos mal planejados. Veja a seguir algumas dicas de quando escolher o parcelamento e não se endividar.

Quando e porque parcelar?

O cenário é o seguinte: Você sai às compras em busca de uma nova geladeira e encontra uma ideal para você pelo valor de R$3.000,00. Ao perguntar ao vendedor, o mesmo informa que é possível optar pelo parcelamento em até 12 vezes sem juros. Neste caso, sempre opte pelo pagamento no maior prazo possível, já que ao escolher pelo maior prazo, você consequentemente reduz os valores de cada parcela, e pode utilizar o dinheiro extra para investir.

Em nosso exemplo, as parcelas saem por R$250,00 por mês e você pode usufruir do seu produto como se tivesse pago o valor completo, porém economizando seu fôlego ao não comprometer suas finanças mensais com um valor significativamente alto. Desta forma, você  pode utilizar seu caixa extra para outros fins.

No entanto, vale lembrar que é sempre bom verificar os valores das parcelas do produto que você está comprando. Muitas vezes, o anúncio diz ser sem juros, mas fazendo as contas, você pode verificar que existem ali juros embutidos. Nesses casos é extremamente importante não optar pelo parcelamento, pois você deve sempre evitar os juros.

E fica um alerta: é muito importante que se opte pelo parcelamento apenas em compras eventuais, compras de eletrodomésticos e eletrônicos, ou até mesmo livros. Se você precisar parcelar contas mensais, como de energia ou telefone, isso é um sinal de alerta .

Está muito bom para ser verdade! Quais são os perigos?

Conforme os dados do SPC, atualmente uma grande parcela da população brasileira se encontra endividada. Uma dívida, seja ela pequena ou grande, é uma parcela (boleto) que você tem que pagar e muitos brasileiros acabam se empolgando um pouco nesse quesito.

O que acontece é que essa vantagem do parcelamento em que você vai pagando apenas um pouquinho de mês em mês e te dá esse fôlego extra, também pode se voltar contra você. Justamente por ter esse fôlego financeiro, você pode tomar a péssima decisão de parcelar outras compras com o dinheiro “extra”. Com isso, as parcelinhas vão acumulando e se tornam uma bola de neve de contas para você pagar no fim do mês.

É nessa hora que muitos brasileiros enfiam os pés pelas mãos e acabam se tornando mais um número da crescente estatística de endividados.

Aliado a este problema, outro perigo é o de optar pelo parcelamento de compras recorrentes, como no caso de pequenas compras de utilidades para o dia-a-dia como a gasolina; ou compras de supermercado mensais.

Mas porque evitar o parcelamento nestes casos? Justamente pela frequência em que estas compras ocorrem, se você optar pelo parcelamento, poderá acabar, por exemplo, pagando pela gasolina 2 vezes no mesmo mês: uma parcela da vez passada que você abasteceu e já consumiu, e outra da que você está abastecendo agora.

É muito importante também, que você evite o parcelamento, se embutido no valor das parcelas, vier os juros, o que pode não ser vantajoso. Nessas situações, geralmente há a opção de negociar um pagamento à vista com desconto.

Em suma, esteja sempre atento às regras do parcelamento, e aplique as dicas aqui mencionadas em seu cotidiano, para conseguir optar ou não pelo parcelamento dada às situações enfrentadas e garantir uma melhor saúde financeira para você e sua família.