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Finanças de A a Z

por Ana Porto

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Investimentos atrelados à inflação são vantajosos. Saiba os motivos

Acompanhar os níveis de inflação no país é essencial. Ainda mais quando acontecimentos recentes do Brasil deixam claro o poder que a inflação impacta o dia a dia dos brasileiros e os investimentos. O resultado das eleições presidenciais, por exemplo. Mas o que poucas pessoas sabem é que alguns títulos de renda fixa têm seus retornos atrelados ao índice oficial de inflação do Brasil, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é o que chamamos. Confira como a inflação influencia nos investimentos.

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A inflação influencia nos seus investimentos

A inflação é um fenômeno relacionado à perda do poder de compra. Ela acontece pela depreciação do dinheiro ao longo do tempo, por conta do aumento generalizado e contínuo dos preços de produtos e serviços.

No Brasil nos anos 90, era muito comum atualizar os preços na prateleira do supermercado diariamente. Isso porque a inflação em 1990, por exemplo, foi de mais de 1.600%.

Dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostram que nos anos de hiperinflação — inflação em alta de forma descontrolada — a média no país foi de uma alta de 233,5% ao ano.

O brasileiro hoje compra menos coisas que comprava a meses atrás. Mas, a inflação começou a dar uma equilibrada após três meses seguidos de deflação, o IPCA apresentou alta de 0,59% em outubro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com o resultado, a inflação acumulada no ano chega a 4,7%. Nos últimos 12 meses, o indicador ficou em 6,47%, segundo o instituto.

O IPCA é divulgado mensalmente. Confira a variação mensal por grupos (outubro de 2022)

•Alimentação e bebidas: alta de 0,72%; •Transportes: alta de 0,58%; •Habitação: alta de 0,34%; •Saúde e cuidados pessoais: alta de 1,16%; •Despesas pessoais: 0,57%; •Educação: 0,18%; •Comunicação: queda de 0,48%; •Vestuário: alta de 1,22%; •Artigos de residência: alta de 0,39%.

Como ficam os investimentos?

A maior atratividade está nos títulos atrelados à inflação são vantajosos. Na maior parte são debêntures isentas, mas também existem alguns CDBs atrelados à inflação. Esses papéis dão mais proteção, caso o governo adote políticas econômicas mais pouco austeras. Se isso acontecer, é bem possível a tendência de alta da inflação.

O cenário sugere que a Selic continuará nas alturas. Já está com uma taxa alta no Brasil, com 13,75%. Com as declarações feitas pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sendo analisadas como possível risco à política fiscal, o cenário é de cautela.

Neste momento, é melhor tomar cuidado com os pré-fixados, ainda mais porque o próximo governo está apontando para uma política econômica mais de esquerda - visando aumentar benefícios sociais, auxílios, entre outras medidas.

Essas iniciativas contribuem para que mais dinheiro circule na economia e faz com que a inflação seja pressionada. Pode acontecer da taxa de juros ser jogada para cima também.