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Finanças de A a Z

por Ana Porto

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Onde investir em 2023? Será que a renda fixa seguirá em destaque?

O Brasil tem passado por momentos de incerteza política e econômica nos últimos tempos devido a vários fatores. Entram na lista a alta da taxa Selic, chegando a 13,75% ao ano e os desdobramentos das eleições presidenciais que foram definidas em um cenário apertado, demonstrando o quanto a sociedade está dividida em diversos aspectos.  É importante destacar que os acontecimentos mundiais também impactaram o mercado financeiro em 2022 e devem continuar neste ano. A Europa ainda enfrenta as consequências pelos conflitos entre Rússia e Ucrânia, bem como a taxa de juros dos Estados Unidos continua acima de 5%.

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2023 será o ano da renda fixa?

Para saber quais são os melhores investimentos em 2023 é preciso compreender o cenário econômico brasileiro e mundial. O mercado financeiro fica mais instável em momentos de maiores volatilidades com eleições, inflação mundial, menor crescimento de grandes economias do mundo (como da Europa e dos Estados Unidos) e da economia da China que impacta direta e fortemente diversos países.

No Brasil, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu acima do esperado e a moeda brasileira se valorizou em relação ao dólar. Mesmo assim, em 2023 a volatilidade deve continuar devido à incerteza da política fiscal do país, juros e inflação.

Nesses períodos, os ativos de renda fixa se tornam mais atrativos e, consequentemente, os ativos de renda variável oscilam um pouco mais, principalmente porque os investidores brasileiros costumam ser mais conservadores na hora de investir. Os investidores tem essa preferência pela renda fixa em função da maior Seguranca que ela oferece e vale lembrar que, com a Selic alta, um investimento de renda fixa rende uma média de 1% ao mês, pois acompanha o rendimento da Selic.

Apesar das incertezas que aumentam a volatilidade nos mercados, o número de investidores pessoa física com ativos em renda variável cresceu 35% entre o terceiro trimestre de 2021 e o mesmo período do ano passado, passando de 3,3 milhões para 4,6 milhões.

Segundo a B3, o número de investidores em produtos de renda fixa passou de 9,6 milhões para 12,6 milhões.

Em 2023, os investidores devem se manter mais conservadores e aguardar os desdobramentos do cenário fiscal brasileiro.

Os destaques vão para os ativos de renda fixa pós-fixada que seguem os movimentos da Selic, sejam eles títulos públicos ou bancários.

Títulos bancários, são os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) - todos emitidos por instituições financeiras, são algumas opções de renda fixa.

Os títulos públicos atrelados ao IPCA são alternativas de longo prazo para que os investidores possam se proteger da inflação.

 

Os fundos multimercados podem ser boas opções para trazer mais diversificação na carteira do investidor.

No mais, a recomendação continua sendo a diversificação da carteira para que os riscos possam ser reduzidos consideravelmente.

Lembre-se de aplicar a ideia de Harry Markowitz e colocar os ovos em cestas diferentes, atingindo uma estratégia eficiente de diversificação para proteger o seu patrimônio.

Esta coluna tem como único propósito fornecer informações e não constitui ou deve ser interpretada como uma oferta, solicitação ou recomendação de compra ou venda de qualquer instrumento financeiro ou de participação em qualquer estratégia de negócio específica. Possui finalidade meramente informativa, não configurando análise de valores mobiliários nos termos da Instrução CVM Nº 598, e não tendo como objetivo a consultoria, oferta, solicitação de oferta e/ou recomendação para a compra ou venda de qualquer investimento e/ou produto específico.