Energia Solar como opção de investimento rentável: conhecendo melhor o mercado (parte l).

A velocidade com que os recursos naturais se renovam já não é mais compatível à velocidade com que o mundo se transforma. A partir desse ponto, podemos afirmar que precisamos buscar cada vez mais opções de recursos renováveis a fim de que a humanidade possa evoluir, e sem que esses avanços sejam detratores do tempo […]

Por Rafael Breno

A velocidade com que os recursos naturais se renovam já não é mais compatível à velocidade com que o mundo se transforma. A partir desse ponto, podemos afirmar que precisamos buscar cada vez mais opções de recursos renováveis a fim de que a humanidade possa evoluir, e sem que esses avanços sejam detratores do tempo que nos resta. Uma das alternativas mais rentáveis hoje em dia para a utilização desses recursos, e que ajudam o meio ambiente, são os investimentos em usinas de energia com fontes renováveis.

Nesse artigo trataremos especificamente da energia fotovoltaica, fonte de energia rentável e mais acessível no momento. O intuito dessa publicação é elucidar alguns pontos de dúvidas sobre essa fonte de energia limpa e ótima opção de investimento a quem busca poupar dinheiro de uma forma segura, com payback rápido e com rentabilidade do investimento no longo prazo que pode chegar aos 20% a.a.

A energia solar fotovoltaica é a fonte energética que mais cresce em todo o mundo; sendo o Brasil um país ensolarado e de proporções continentais, é natural que lhe seja dada a oportunidade de se tornar uma nação líder em geração de energia solar. Desde 2017, estamos galgando posições no ranking de principais geradores e em 2019 atingimos a marca de 16º maior gerador do mundo. Segundo dados acumulados desde 2012 pela ANEEL e ABSOLAR, hoje já temos mais de 11,59GW em operação no país, sendo 37% a parcela referente a geração centralizada (Uma unidade geradora produzindo energia para uma população), e os outros 63% a fração que representa a geração distribuída (Várias unidades geradoras produzindo sua própria energia), sendo esse último o foco principal desse artigo.

Os números podem parecer baixos, mas se analisarmos pelo pouco tempo que essa modalidade de geração está presente no Brasil (meados de 2012), e que atingimos o primeiro GW em geração distribuída já em 2019, pode-se verificar que seu crescimento é exponencial, visto que em 2020 chegamos à capacidade instalada de 4GW. Do total da energia produzida por toda matriz energética Brasileira, a fonte solar fotovoltaica representa apenas 6%, o que demonstra o grande potencial de crescimento ao setor, do qual, por exemplo, ainda temos 58,1% da energia gerada proveniente das usinas hidrelétricas. Apesar do baixo número de usinas que já estão em operação no Brasil, possuímos mais de 34GW outorgados, em processo de construção, as quais irão gerar diversas vagas de empregos diretos e indiretos, reforçando a matriz energética do país. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), já foram mais de 644.716 sistemas de geração conectados à rede, e mais de 808 mil unidades consumidoras e, com elas, R$58,2 Bilhões em novos investimentos privados; mais de 347 mil novos empregos gerados; mais de R$15,6 Bilhões em arrecadação de tributos; e mais de R$13,6 milhões de toneladas de C0² evitadas na nossa atmosfera.

Todas as informações dispostas nesse artigo visam mostrar o quanto o setor de geração distribuída pode contribuir para o desenvolvimento da economia no Brasil, e que existe ainda um oceano azul de possibilidades aos investimentos nessa fonte inesgotável de energia que temos a nosso favor, o sol. Na próxima oportunidade discorreremos melhor sobre as vantagens para o consumidor final, os custos envolvidos (LCOE, OPEX e CAPEX) e a durabilidade do sistema.