Luiz Rigoni: “o líder precisa ter o espírito de fazer o melhor e acreditar”
Considerada uma das maiores empresas de móveis do Brasil, a Rimo fabrica mais de 300 mil produtos por ano. Seu parque fabril é composto por máquinas alemãs e italianas de última geração, que garantem qualidade, modernidade e tecnologia nas produções. A empresa conta com uma estrutura de 20 mil metros quadrados de área construída, em um espaço total de mais 47 mil metros quadrados, em Linhares, onde emprega mais de 300 colaboradores.
O diretor da Rimo é Luiz Rigoni, eleito líder empresarial na categoria Indústria Moveleira. Saiba mais sobre ele na entrevista a seguir.
Neste ano, Líder Empresarial tem como tema “Honrar o legado”. Que legado você já recebeu em sua vida? Por quem ele foi deixado? É um legado que te orgulha? Por quê?
Meu legado foi construído a princípio junto com meus irmãos. Em determinado momento de nossa jornada, comecei uma outra empresa, muito pequena, que é a Rimo. Era uma marcenaria pequena, fomos trabalhando e crescendo. Construí meu legado buscando informação acerca do mercado, visitando feiras, equipamentos e produtos. Temos muita participação no mercado no Brasil e fora, com uma história que foi construída aos poucos.
E qual legado você gostaria de deixar, seja para no campo profissional, pessoal ou para a sociedade?
Eu nunca fui fechado, olhando só para o meu negócio. Sempre passei informação para outras marcenarias, e muitas delas cresceram e ficaram até maiores do que a gente. Isso é bom. Nem todo mundo tem o mesmo pique e quer chegar aos mesmos lugares. Sempre quis fazer um bom produto, com qualidade, para ter um cliente consumidor final satisfeito. O legado que eu deixo é muita clientela satisfeita. Quero deixar a marca de fazer produtos bons, com qualidade. Eu não quero ser o maior, mas fazer o melhor, prover uma boa condição de trabalho na empresa, onde as pessoas se sintam bem.
Qual é, na sua avaliação, o papel do líder para a construção de legados e futuros? O que o líder deve se esforçar para construir?
O líder precisa ter o espírito de fazer o melhor e acreditar, estar sempre construindo, ora com mais, ora com menos dificuldade. Hoje as coisas acontecem com muita velocidade, muita pressa, as pessoas sonham e depois não ficam satisfeitas. É preciso estar preparado, com tolerância, para esses momentos. O líder deve deixar para o mercado a visão de que quem planta segue um caminho, trilha, se aperfeiçoa, melhora e, com certeza, vai deixar uma marca boa na frente.
A que você atribui sua liderança, que foi reconhecida por líderes de outras organizações? Qual é a importância de ser reconhecido líder por eles?
Cada história é diferente, mas o objetivo de todos é o mesmo: deixar uma construção, um ideal, de modo que as pessoas possam se espelhar para fazer algo também. Eu não sabia que eu tinha um respeito e carinho tão grandes. As pessoas chegam onde estão porque estão fazendo algo importante, e é uma satisfação, um prazer as pessoas te reconhecerem. Essa é uma imagem boa que eu trago para a empresa, para as pessoas entenderem que o trabalho vai pra fora dela.
Inteligência artificial, ESG, inclusão, diversidade… Qual o papel da liderança na construção de estratégias e decisões no que se refere a essas novas realidades, demandas e expectativas do mercado?
Muita coisa está acontecendo com muita velocidade. Não podemos ignorar esses movimentos, temos que estudar, analisar, assimilar e projetar a empresa para o mesmo caminho.
Em poucas palavras, ser um líder que honra o legado é:
É ter satisfação, orgulho, agradecimento a todos que colaboram conosco, tanto dentro quanto fora da empresa.