Maio 2021
20
Tiago Pessotti
MERCADO DIÁRIO

porTiago Pessotti

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Tiago Pessotti
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porTiago Pessotti

Desempenho dos balanços no geral e por setor

A receita consolidada das empresas, excluindo Petrobras e Vale, neste trimestre cresceu +24,8% em relação ao mesmo período do ano anterior (a/a). Já o EBITDA — lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização — aumentou +57,4% e o lucro líquido teve alta, para R$ 46 bilhões, ante prejuízo de R$ 3 bilhões no primeiro trimestre de 2020.

Ainda, parte considerável do crescimento veio das empresas domésticas, que tiveram um aumento de +88,4% a/a nos lucros, enquanto o EBITDA cresceu +15,2% na mesma comparação. Praticamente todos os setores domésticos tiveram crescimento em seus lucros, mas o destaque foi para o setor bancário.

Os bancos aumentaram o lucro em R$ 6,9 bilhões a/a, o equivalente a 45% do crescimento doméstico, especialmente Bradesco e Itaú, que reportaram + R$ 2,8 bilhões e R$ 2,5 bilhões, respectivamente.

Já no varejo houve uma desaceleração da tendência de recuperação em relação ao segundo semestre de 2020. A receita líquida do segmento caiu -3,9% a/a e o EBITDA cresceu +20,4%.

Quanto às commodities, estas foram a principal fonte de expansão do EBITDA, que teve alta de +108% a/a ou 202% a/a se não contabilizarmos Petrobras e Vale. Ainda, seus players representaram cerca de 70% do crescimento geral dos lucros.

No setor de alimentos, o destaque de receitas foi para a JBS, com + R$ 18,8 bilhões, e para Marfrig, com + R$ 4,0 bilhões. Estes resultados positivos foram influenciados pela carne bovina nos EUA.

Em relação aos metais e mineração, a desvalorização cambial e os preços do minério de ferro nos maiores patamares históricos influenciaram o bom desempenho. Sem contabilizar Vale, a Gerdau e a CSN tiveram as maiores altas em termos de receitas, com + R$ 7,1 bilhões e + R$ 6,6 bilhões, respectivamente. As receitas líquidas do setor ficaram em R$ 41 bilhões, alta de 104,7% a/a, saindo de um prejuízo líquido de R$ 1,1 bilhão para lucro líquido de R$ 11,5 bilhões, um crescimento de + R$ 12,7 bilhões.

Por fim, o setor de petróleo e gás teve suas receitas impulsionadas pela Braskem, em R$ 10,1 bilhões, e pela BR Distribuidora, em R$ 4,9 bilhões. O setor em geral apresentou crescimento de R$ 6,4 bilhões nos lucros.

Resultados das empresas destaque no mercado

A Vale foi um dos destaques de resultado neste trimestre, com lucro de US$ 5,5 bilhões, um recorde em relação aos anos anteriores, e uma alta de 2.200% ante 2020, além de uma alta de 650% na comparação trimestral. Somente em 2021, a empresa já subiu mais de 20%.

A Petrobras reportou lucro líquido de R$ 1,17 bilhão, ante prejuízo de R$ 48,52 bilhões no primeiro trimestre de 2020. Já a receita de vendas subiu 14,2%, em R$ 86,17 bilhões. No pregão seguinte a divulgação dos resultados as ações subiram cerca de 2%.

A Ambev reportou um lucro líquido ajustado de R$ 2,761 bilhões no primeiro trimestre de 2021, alta de 124,9% a/a, e o Ebitda subiu 24% a/a, em R$ 5,3 bilhões, surpreendendo positivamente, enquanto as vendas subiram 28% a/a, em R$ 16,6 bilhões. Após a divulgação do resultado no início do pregão, a empresa fechou o dia em alta de 8,88%.

A Rede D’or apresentou um crescimento de 95% a/a no EBITDA ajustado, enquanto a receita líquida foi recorde, em R$ 4,72 bilhões, alta de 43% a/a, influência da maior quantidade de leitos e do maior ticket médio, em alta de 17% a/a. Já o lucro líquido cresceu 254% a/a, em R$ 402 milhões.

Por fim, a Via Varejo apresentou um resultado sólido, com as vendas online em R$ 5 bilhões, uma alta de 123% a/a, com vendas digitais representando 56% das vendas totais. Já o lucro bruto aumentou 22% a/a, em R$ 2,3 bilhões.

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