Maio 2021
23
Tiago Pessotti
MERCADO DIÁRIO

porTiago Pessotti

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Como funciona o Private Equity e a estratégia da gestora

Na Apex Partners, há um time de Private Equity que atua na seleção e estruturação de investimentos por meio de um robusto processo de avaliação de diversos aspectos das empresas, como o track record dos seus profissionais, a análise setorial e macroeconômica do negócio, além do modelo de negócios e seu potencial de crescimento. Também são analisados os riscos-chave embutidos no empreendimento e indicadores gerenciais.

E também existem fundos que realizam este trabalho de seleção, disponibilizando a possibilidade a investidores menores. Para gerir essa espécie de fundo, a Pátria Investimentos utiliza uma abordagem de busca pela formação de sociedade entre os investimentos, de forma a participar do conselho, influenciar na gestão e ser parte do processo de planejamento. A razão disso é que o objetivo é sempre contribuir ao máximo para o crescimento e maturação da empresa, focando no longo prazo.

Em geral, a Pátria começa com um investimento pequeno na companhia, e conforme vão conhecendo melhor o negócio, os sócios e os concorrentes da empresa, passam a participar da gestão e a aportar mais. Ou seja, trata-se de uma abordagem de valor.

“Buscamos setores com alto potencial de crescimento, baixa correlação com o PIB e que sejam pouco voláteis, ou seja, pouco afetados pelas movimentações da nossa economia. Dessa forma, investimos em companhias que realmente possam se diferenciar por meio de seus produtos, agregando valor”, afirmou Flávio Menezes, Partner na Pátria Investimentos.

É por meio dessa abordagem que o fundo Pátria PIPE Private tem uma rentabilidade média de 30% a.a., além de mais de 60% nos últimos 12 meses. A maior empresa de academias da América Latina hoje, a Smart Fit, recebeu investimentos da gestora.

Menezes também destacou que, devido ao relacionamento profundo com as empresas e ao conhecimento profundo destas, o número de companhias é menos diluído na carteira, sendo de oito a 10 ativos. Ou seja, trata-se de uma carteira diversificada, e não de pulverização dos investimentos, o que poderia dificultar a gestão próxima da forma como é hoje.

CVC: potencial com a volta do turismo

Um dos cases do portfólio que Menezes destacou foi a CVC, companhia focada em turismo, sofrendo bastante com a pandemia. Nesse sentido, as ações caíram pela metade no auge da pandemia e vêm se recuperando desde então.

A empresa teve mais de 80 trocas de cargos, assim como o CEO, que segundo Menezes tem feito um trabalho excepcional. Ele também destacou que estão trabalhando em uma mudança cultural na empresa, para tirar o foco da venda pura e simples e colocar na satisfação do cliente.

Quanto a questões contábeis, a empresa sofreu com a pandemia. Por isso, foi feita uma captação de recursos, além de uma renegociação de dívidas. Na última fase desse processo, inicia-se a captação para proporcionar crescimento. “Hoje estamos com um caixa muito forte, de R$ 700 milhões, e a empresa sai da crise como a mais sólida do setor”, destacou Menezes.

Basicamente, a CVC está atuando cada vez mais forte com o propósito de se tornar a maior empresa de turismo do mundo.

Essa coluna tem como único propósito fornecer informações e não constitui ou deve ser interpretada como uma oferta, solicitação ou recomendação de compra ou venda de qualquer instrumento financeiro ou de participação em qualquer estratégia de negócio específica. Possui finalidade meramente informativa, não configurando análise de valores mobiliários nos termos da Instrução CVM Nº 598, e não tendo como objetivo a consultoria, oferta, solicitação de oferta e/ou recomendação para a compra ou venda de qualquer investimento e/ou produto específico.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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