Maio 2021
25
Tiago Pessotti
MERCADO DIÁRIO

porTiago Pessotti

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Como a privatização da Eletrobras pode ajudar a Coelce (COCE5)

A Coelce (COCE5) é uma distribuidora de energia elétrica privada com monopólio da atividade de distribuição de energia no Ceará. Listada na bolsa desde 1995, é administrada a partir de 1998 pelo consórcio Distriluz.

A empresa é controlada pela Enel, que detém cerca de 74% de participação, mas a Eletrobras detém 7% das ações da companhia. A Enel estuda a possibilidade de fechar o capital da Coelce, o que demanda a recompra de ações. No passado, porém, isso foi inviabilizado porque a Eletrobras foi contra a venda de sua participação.

Contudo, para a Eletrobras ser privatizada, é necessária a venda de suas participações acionárias, o que abriria a possibilidade para a Enel comprá-la e, posteriormente, fechar o capital, pagando um premium sobre o valor de cotação das ações.

Os fundamentos indicam que a MP da Eletrobras deve ser aprovada

O texto original da MP da Eletrobras foi feito com base em um projeto que estava parado no Congresso e sem perspectivas de avanço — ao ponto do CEO da companhia Wilson Ferreira Júnior ter renunciado ao cargo no início do ano. Contudo, após a interferência no comando da Petrobras em fevereiro, surgiu a necessidade do governo Bolsonaro sinalizar para o mercado apoio à agenda de reformas e ao ambiente de negócios. Dessa forma, foi editada a MP da Eletrobras e, em um ato simbólico, o próprio presidente da República, ao lado do presidente da Câmara Arthur Lira e do presidente do Senado Rodrigo Pacheco, levou o texto ao Congresso.

É o que explica o editor-chefe da Apex Partners Luan Sperandio, colunista da Data Business, da Folha Vitória. “O ato simbólico e a MP, que dá um horizonte temporal limitado para discussão no Congresso, mostrou vontade de privatizar, algo que vinha faltando ao governo na questão da Eletrobras até então”, afirma.

“Além disso, diante dos ruídos gerados por um relatório preliminar problemático, o governo colocou a tropa de choque em campo para negociar com o relator e conseguir mudanças no texto”, diz. A força demonstrada foi de uma votação na Câmara suficiente para aprovar até uma PEC.

Outros fundamentos que trazem otimismo em relação à MP incluem as compensações bilionárias criadas para o fundo de Furnas, na Amazônia e no São Francisco, feitas justamente para agradar o Centrão.

Outro fundamento importante é que a MP da Eletrobras terá mais de trinta dias para ser votada no Senado, um prazo muito favorável, considerando que recentemente houve MPs com apenas três dias de tramitação nesta casa e mesmo assim foram aprovadas — apesar das críticas de senadores pelo atraso da Câmara. Isto é, o tempo é mais do que suficiente.

Essa coluna tem como único propósito fornecer informações e não constitui ou deve ser interpretada como uma oferta, solicitação ou recomendação de compra ou venda de qualquer instrumento financeiro ou de participação em qualquer estratégia de negócio específica. Possui finalidade meramente informativa, não configurando análise de valores mobiliários nos termos da Instrução CVM Nº 598, e não tendo como objetivo a consultoria, oferta, solicitação de oferta e/ou recomendação para a compra ou venda de qualquer investimento e/ou produto específico.

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