Da mesma forma que há corredores vencedores e perdedores na Fórmula 1, também há ações vencedoras e perdedoras. E no meio do caminho sempre ocorrem variações de desempenho. Hoje vamos falar daqueles players que passam por momentos de declínio, mas se recuperam e tornam-se casos de sucesso quando ninguém esperava. O nome dessa estratégia de alocação de ativos é turnaround.
O mexicano Sergio Pérez, da Red Bull Racing, venceu o Grande Prêmio do Azerbaijão de Fórmula 1 neste domingo (06). No ano passado ele também conquistou sua primeira vitória na Fórmula 1, pela Racing Point, no GP de Sakhir.
Mas nem tudo são flores: o objetivo de ser campeão de Fórmula 1 foi perseguido desde 2005, quando ele tinha 15 anos e se mudou para a Alemanha para intensificar sua jornada rumo ao pódio. Mas desde que passou a competir na Fórmula 1 em 2011, ele nunca havia conseguido o título, até 2020.
A vitória finalmente veio, e em um bom momento: a Racing Point não havia renovado seu contrato e ele era novo para se aposentar, mas velho pra ser promissor, já com 30 anos. Com a vitória em 2020, ele consegue assinar com a Red Bull e, então, participar da temporada de 2021.
Ele é um caso típico de turnaround. Após vários anos sem retorno algum, com contratos cancelados e sem vitórias na conta, deu a volta por cima e faturou duas vitórias em menos de um ano. É o que acontece com muitas ações que estão em baixa porque não entregam resultado, mas persistem e começam a performar.
Pérez demorou mais de 10 anos para dar algum retorno para quem investiu em sua carreira. Enquanto isso, havia outros pilotos entregando resultados mais rápidos e com menos risco de desempenho.
Com as ações, o funcionamento é o mesmo. Não vale a pena tentar prever a nova Magazine Luíza e esperar anos para colher os frutos quando há opções melhores no mercado no momento presente. Isso se deve a um simples conceito, o custo de oportunidade. Neste caso, o grande problema não é apenas a estagnação em um ativo, mas sim deixar seus recursos travados e perder outras oportunidades no mercado para aquele momento.
Além disso, muitas dessas empresas têm alto nível de risco, passando por processos de recuperação e reestruturação que têm chances maiores de falhar. Nesse cenário, faz muito mais sentido investir com uma abordagem stock picking, que valoriza a qualidade da empresa, seu preço de mercado, as margens de lucro, dentre outros fatores que tendem a dar resultados reais no curto e médio prazo.
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