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Bancos digitais: o tradicional já era?
Nos últimos anos, o varejo digital tem avançado muito, principalmente com as restrições sociais no contexto da pandemia. Mas e após o andamento da vacinação e a recuperação da economia? Quais rumos o setor deve tomar?
A perspectiva para o varejo nos próximos meses é positiva para os principais players do varejo presencial. Isso porque, com a reabertura em geral do comércio e com o maior fluxo de pessoas nas ruas, o consumo deve retomar. Assim, é necessário mapear as principais tendências de curto e longo prazo para o setor.
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O número de pessoas vacinadas com a primeira dose atualmente (17) é de 81,5 milhões no país, o equivalente a cerca de 38,50%, enquanto as totalmente imunizadas são 11,30% da população, ou 23,9 milhões. E o ritmo de vacinação está aumentando.
Nesse sentido, o segmento dos varejistas de vestuário pode se destacar. De acordo com dados da Cielo sobre as vendas no varejo para abril, a receita líquida do varejo aumentou 33% a/a em termos nominais, impulsionada por vestuário e turismo, mesmo que ainda abaixo dos níveis pré-pandemia).
Isso ocorre tendo em vista que a reabertura gradual da economia beneficia o tráfego de pedestres em shoppings e lojas de rua, o que foi prejudicado no último ano. Por exemplo, em 2020, os shoppings fecharam o ano com fluxo 27,71% menor do que em 2019, de acordo com o Índice de Performance do Varejo (IPV), da FX Data Intelligence. Além disso, o mesmo estudo apontou que o fluxo de consumidores em lojas físicas cresceu 77% em maio ante abril, enquanto o fluxo nos shopping centers cresceu 65,8% na mesma comparação.
Já em relação aos players do varejo digital, o crescimento do e-commerce está desacelerando em virtude da grande escalada no ano anterior, tendo em vista que a mudança digital acelerou muito a partir de abril de 2020.
Mesmo que no curto prazo o varejo físico seja menos atrativo, com algum espaço para correções, no longo prazo o segmento tem uma tese estrutural positiva, de acordo com a análise do BTG Pactual, com a consolidação e apenas alguns vencedores. O e-commerce cresceu 72% na comparação anual no primeiro trimestre de 2021, de acordo com a Neotrust, enquanto em abril o setor cresceu 40% na mesma comparação.
Assim, com os investidores começando a observar os lucros em níveis mais normalizados do setor, o setor teve uma correção no ano, e continuando este movimento, pode criar oportunidades interessantes em nomes premium do varejo online.
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