O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) está praticamente estável no ano, subindo menos de 1% no acumulado de 2021. Ainda, o índice apresentou em maio um dividend yield dos últimos 12 meses e 7,20%.
No entanto, há alguns setores desempenhando melhor do que outros, tanto em relação aos ganhos de capital, quanto em relação aos dividendos. Vale lembrar, ainda, que se trata de uma estratégia de longo prazo e com baixa volatilidade.
Nos últimos três meses, os fundos de recebíveis tiveram desempenho destaque no IFIX, com maiores ganhos de capital e distribuindo mais dividendos. Nos últimos 12 meses, o dividend yield do setor ficou em 8,70%.
Nos próximos meses, a expectativa é de que este segmento de fundos aumente os ganhos, em função do ciclo de alta da Selic, que deve terminar o ano em torno de 6,50% ao ano, de acordo com projeções do BTG Pactual. Isso influencia porque a maioria dos papéis inseridos nestes fundos são indexados ao CDI.
Em alguns fundos, também há variações de acordo com a inflação. Nesse sentido, de acordo com a projeção do Boletim Focus da última segunda (14), o ano de 2021 deve finalizar com o IPCA em alta de 5,82%, podendo influenciar também os fundos imobiliários.
Inclusive, a maior exposição da carteira recomendada do BTG é ao setor de recebíveis, o equivalente a 32,50% do portfólio.
Vale ressaltar que os fundos de varejo estão pagando bem porque sofreram desvalorizações em suas cotas, mas mantêm o nível de pagamento de dividendos, fazendo com que o dividend yield aumente.
O BTG avalia que, apesar de um cenário desafiador de curto prazo, as perspectivas para o mercado imobiliário são positivas em virtude do patamar baixo de taxas de juros comparativamente ao histórico brasileiro, apesar de possíveis altas. Esse ambiente impulsionou o desenvolvimento do mercado nos últimos três anos.
Assim, apesar de alguns serem mais vantajosos no momento, uma carteira diversificada, com bons ativos, é uma boa forma de se expor ao mercado imobiliário de forma resiliente.
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