É claro que a bolsa pode continuar subindo e renovar máximas históricas. Mas em um cenário de preços mais esticados, vale dar mais atenção à algumas estratégias de alocação de recursos que podem ser utilizadas juntamente à alocação em bolsa. Afinal, quando as altas são mais expressivas, pode haver alguma correção, sem falar que a maior parte das crises sucedem momentos de boom.
Assim, vale considerar a possibilidade de proteger seu patrimônio por meio de estratégias de hedge que garantem segurança ao investidor em relação à variação de preço de um ativo.
RAB (Resultado até a barreira)
A RAB é uma operação estruturada que garante que um investidor se proteja de possíveis perdas na bolsa. Ela é montada por meio da compra de ativos em bolsa, ao mesmo tempo em que são adquiridas opções de compra e venda dos mesmos ativos.
Dessa forma, se um ativo cai até o limite da barreira estipulada, o investidor irá receber o prêmio acordado no início da operação, mesmo com a ação tendo performado de maneira negativa.
Long-short
A operação Long e Short consiste em uma estratégia por meio da qual é realizada a compra de um ativo, na ponta long, ao mesmo tempo em que é realizada na ponta short uma venda a descoberto. Por meio desse processo, é possível obter um desempenho equivalente à diferença de performance entre os dois ativos, mesmo se ambos caírem.
Hedge de ações
O hedge de ações é feito por meio da negociação de contratos de opções. Basicamente, as opções são instrumentos derivativos, ou seja, elas derivam de outro ativo, acompanhando suas variações de preço. Elas garantem que o titular do direito possa exercer sua opção de comprar a ação pelo preço acordado, no caso de uma opção de compra (call), ou de vender pelo preço acordado, em opções de venda (put). Já o investidor que lança as opções, o vendedor, fica obrigado a exercer o contrato caso o comprador deseje.
Dessa forma, quem tem ações pode garantir um “valor mínimo” de venda ao negociar contratos de opções, servindo como hedge, garantindo a venda por determinado preço que o proteja no momento da venda.
Hedge cambial
Uma das principais formas de fazer hedge é por meio da compra de contratos futuros de outras moedas, como euro e dólar. Este é uma forma de se proteger de desvalorizações da moeda nacional, no caso, o real.
Também é possível alocar em fundos cambiais, os quais investem diretamente em outras moedas ou em instrumentos monetários.
Hedge em empresas exportadoras
Empresas brasileiras exportadoras podem ser outra alternativa, visto que mantêm relação direta com a demanda de outros países, não estando diretamente atreladas à economia local, garantindo uma proteção contra crises de demanda local. Ainda, contribui para diversificar a carteira.
Hedge em commodities
Por meio dos contratos futuros de commodities, faz-se um compromisso de pagar ou receber determinado valor pela entrega de uma certa quantidade e qualidade de determinado produto, que é a commodity negociada em bolsa.
Assim, é possível se proteger da variação de preço do produto, sendo uma ferramenta mais utilizada por empresas que negociam tais produtos. Assim, não há o risco, por exemplo, de comprar o boi por determinado preço por arroba e ter de vendê-lo por um preço por arroba mais barato.
Essa coluna tem como único propósito fornecer informações e não constitui ou deve ser interpretada como uma oferta, solicitação ou recomendação de compra ou venda de qualquer instrumento financeiro ou de participação em qualquer estratégia de negócio específica. Possui finalidade meramente informativa, não configurando análise de valores mobiliários nos termos da Instrução CVM Nº 598, e não tendo como objetivo a consultoria, oferta, solicitação de oferta e/ou recomendação para a compra ou venda de qualquer investimento e/ou produto específico.
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