Jul 2021
8
Tiago Pessotti
MERCADO DIÁRIO

porTiago Pessotti

Jul 2021
8
Tiago Pessotti
MERCADO DIÁRIO

porTiago Pessotti

Cenário macroeconômico e indicadores

A inflação já vem acelerando, em 8,06% nos últimos 12 meses até maio. Esse cenário reflete principalmente a pressão sobre a inflação de produtos industriais e bens de consumo, enquanto os serviços ficaram bastante atrasados e sofreram mais em função da pandemia.

Com a retomada que deve vir nos próximos meses com a vacinação, existe a chance de uma escalada do consumo, com destaque para o aquecimento dos serviços, um dos núcleos da inflação, assim como das commodities, que embora já tenham andado bastante, ainda devem sentir algum efeito. Nos países que já estão com a população majoritariamente vacinada, por exemplo, já foi possível visualizar um aumento substancial no consumo de serviços, como nos Estados Unidos.

Vale ressaltar que assim como houve quedas artificiais na inflação durante a pandemia, elas também devem ocorrer neste momento de alta. Nesse sentido, na avaliação do Banco Central americano, o Federal Reserve (Fed), que ainda não iniciou a elevação dos juros, a inflação deve ser mais temporária e de curto prazo, com tendência de estabilização, do que permanente. Dessa forma, a sua atitude não deve ser tão imediata, tendo em vista ainda que os impactos da política monetária demoram algum tempo para surtir efeito.

Mas o Banco Central do Brasil (BCB) já vem reforçando o compromisso com a política de controle da inflação, aumentando ainda mais a taxa de juros caso necessário. Além disso, o ciclo de alta da Selic que já vem ocorrendo nos últimos meses, saindo de 2% ao ano para 4,25% na última reunião, em junho. Dessa forma, é possível dar maior confiança para a população em relação ao nível de preços.

De acordo com especialistas do BTG Pactual, portanto, o nível da taxa de juros deve ficar um pouco acima das projeções, mas o final do ciclo deve ocorrer no final deste ano ou no início do ano que vem.

Como alocar os recursos

Os spreads de crédito, ou seja, aquela parte fixa acima de um indicador na sua aplicação de renda fixa, também conhecida como taxa livre de risco, aumentaram durante a Covid-19. Isso se deve principalmente à redução da taxa de juros, que fez com que os retornos da renda fixa caíssem.

Agora, com a Selic e, consequentemente, o CDI subindo, o fluxo de investidores tende a entrar no mercado de debêntures e títulos de renda fixa, gerando pressão sobre os spreads, que devem se normalizar em um futuro próximo. Assim, fundos indexados a indicadores de inflação e Selic tendem a ser uma boa opção para o momento.

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