Os sinais para os principais indicadores econômicos no segundo trimestre são positivos. No primeiro trimestre, os dados da atividade econômica vieram acima do esperado, impulsionando a valorização dos ativos listados em bolsa. Agora, espera-se um movimento semelhante para o próximo trimestre, com a temporada de balanços que começa no dia 20 deste mês.
Apesar disso, há de se considerar os riscos relacionados à nova variante Delta, que tem casos crescentes pelo mundo e pode impactar o Brasil.
A produção industrial cresceu na Pesquisa Industrial Mensal (PIM) de maio, com destaque para a recuperação dos 13 setores que ainda estão em níveis abaixo do pré-pandemia, como vestuário e varejo, e que representam cerca de 50% do indicador da PIM. Assim, os serviços e o comércio para abril demonstraram crescimento acima das expectativas, de acordo com pesquisas.
Além disso, é necessário levar em conta a melhora do cenário da pandemia em maio e junho, ao mesmo tempo em que houve a volta do auxílio emergencial, o que estimulou o consumo, influenciando também nos indicadores mais positivos. Mas dessa vez quem foi muito penalizado pela pandemia e deve ganhar voz dessa vez é o setor de serviços.
E isso já demonstra reflexos no mercado de trabalho, com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em tendência positiva, com saldo de 280 mil vagas em maio, ante 120.935 em abril. Além disso, os empregos informais também aumentaram.
O índice de confiança empresarial de junho e os dados setoriais de abril e maio indicam um segundo trimestre com surpresas positivas, com um crescimento de 1,4% em maio na comparação mensal na última PIM. Já o índice de confiança empresarial de junho atingiu o maior nível desde dezembro de 2013.
Com base neste cenário, a economia nacional deve se sair bem nos próximos meses, com as estimativas de crescimento assumindo um potencial de alta para o segundo trimestre, de acordo com estimativas do BTG Pactual.
Nesse sentido, alguns setores devem ser especialmente beneficiados, como aqueles que foram mais afetados pelo distanciamento social. Isso porque o número de mortes por Covid-19 vem reduzindo, enquanto o número de vacinados tem avançado.
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