Jul 2021
15
Tiago Pessotti
MERCADO DIÁRIO

porTiago Pessotti

Jul 2021
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Tiago Pessotti
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porTiago Pessotti

Destrinchando resultados e receitas

A JHSF relatou fortes vendas no segundo trimestre de 2021 em sua divisão de desenvolvimento. Houve um crescimento de 64% a/a na receita, chegando aos R$ 557 milhões. Destes, R$ 101 milhões foram obtidos na Fazenda Boa Vista, R$ 159 milhões na Vila Boa Vista, R$ 10 milhões no Fasano Cidade Jardim, R$ 187 milhões na Boa Vista Estates, e a venda pontual de R$ 100 milhões de terreno no Parque Catarina.

O Estates foi lançado em menos de um ano, levando em conta que geralmente as incorporadoras costumam levar em torno de três anos para isso. O empreendimento tem área de 6,6 milhões de metros quadrados e Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 5,5 bilhões. Com base nisso, é possível estimar que o VGV do novo empreendimento, que ainda não foi divulgado, deve ficar em torno de R$ 5 bilhões.

As várias espécies de empreendimentos da JHSF possuem em geral um público sofisticado, de alta renda, mas há perfis distintos. A Fazenda Boa Vista, por exemplo, foca em casas de campo de luxo, enquanto o Village é possui apartamentos com foco em moradores mais jovens.

Negócios de incorporação vão bem e shoppings se recuperam

A JHSF teve fortes resultados em seu negócio de desenvolvimento, impulsionado por atuações sólidas em todos os seus projetos. Ainda não foram divulgadas as informações sobre os shoppings da empresa e aeroportos, mas ambos devem se recuperar no segundo trimestre de 2021 com a redução das restrições da Covid-19. Com isso, a expectativa do BTG Pactual para a empresa é positiva.

Esse cenário é reforçado pelos resultados positivos para a atividade de incorporação da JHSF, que corresponde a mais de 70% da receita da empresa hoje. No ano anterior, essa atividade foi beneficiada pelo maior volume de possibilidades no campo, enquanto neste ano a retomada da economia deve influenciar nos resultados.

Nesse sentido, as vendas de incorporação do segundo trimestre subiram 63% após mais do que triplicarem no primeiro trimestre, o que tem compensado a retração dos shoppings e dos hotéis da empresa, que são segmentos que também devem se recuperar em um futuro próximo.

Apesar de tudo isso, as ações da JHSF praticamente não subiram no acumulado de 2021, em alta de 4,30%, que foi impulsionada pelo movimento da empresa na última semana, quando subiu mais de 10%. Até então, o preço estava negativo no ano.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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