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Saiba como surfar a onda agrícola em bolsa
O resultado da rede de cuidados em saúde veio forte no balanço do 2º trimestre, com lucro líquido de R$ 477,7 milhões, revertendo prejuízo de R$ 306,6 milhões do mesmo período de 2020.
A empresa vem executando bem a trajetória de aquisições planejada, aumentando seu market share e expandiu os negócios para diversos estados.
Assim, os principais fundamentos da empresa são o momento forte de lucros e M&As, o valuation que parece atraente aos olhos dos BTG Pactual, tendo em vista as perspectivas de lucros maiores. E, por fim, a inclusão das suas ações no Ibovespa deve melhorar sua performance.
A receita líquida foi recorde, em R$ 5,22 bilhões, com crescimento de 89,5% na comparação anual e de 10,5% na comparação com o último trimestre.
O Ebitda contábil veio em R$ 1,24 bilhão, em alta de 10% na comparação trimestral. Nesse sentido, a empresa mencionou que se fossem excluídas as despesas com o plano de opção de compra de ações de R$ 80 milhões e os custos extraordinários em virtude da Covid-19, de R$ 212 milhões, além de outros pequenos itens não recorrentes, como gastos com M&As (R$ 30 milhões), que são questões temporárias, o Ebitda ajustado teria ficado em R$ 1,56 bilhão.
Além disso, o número de leitos operacionais subiu 7% na comparação trimestral, chegando aos 8,78 mil de ima capacidade total de 9,61 mil. Ainda, houve a consolidação de quatro ativos de M&A: Balbino (141 leitos), Hospital América (112 leitos), Hospital Serra Mayor (102 leitos) e Biocor (350 leitos). Já HNSN, Proncor e Hospital Santa Emilia estão aguardando fechamento.
O ROIC (retorno sobre capital investido) ajustado de 12 meses foi de 18,8%, ante 15,1% no primeiro trimestre, mostrando o aumento da capacidade lucrativa da empresa. Em relação aos segmentos de atuação da rede, a receita da oncologia aumentou 34% a/a. Já a receita dos hospitais e outros serviços cresceu 95% a/a.
Além disso, houve uma retomada das internações cirúrgicas, resultando em maiores taxas de utilização, de 83%, atingindo o maior nível trimestral nos últimos três anos. Por fim, o tíquete teve um crescimento de 20% a/a, refletindo a maior alavancagem operacional.
Uma das preocupações em função de “gastos” com M&As pode ser de que a companhia não tenha caixa ou capacidade de endividamento o bastante para tal, resultando em um endividamento alto.
Porém, este não é o caso da Rede D’or: apesar dos desembolsos de M&A de R$ 1 bilhão, a dívida líquida praticamente não foi alterada. Esta encerrou o segundo trimestre em R$ 7,5 bilhões, ante R$ 7,45 bilhões no trimestre anterior.
Também houve uma desalavancagem, passando de 2,5x Dívida Líquida/EBITDA no primeiro trimestre para 1,7x no segundo trimestre.
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