Ago 2021
15
Tiago Pessotti
MERCADO DIÁRIO

porTiago Pessotti

Ago 2021
15
Tiago Pessotti
MERCADO DIÁRIO

porTiago Pessotti

Mundo digital e bolsa

No contexto das mudanças proporcionadas pela tecnologia às empresas listadas em bolsa, Cássio afirmou que são dois os principais impactos: o surgimento de novos modelos de negócio e as consequências disso para os negócios atuais.

Além disso, o acesso à dados de empresas e setores de todo o mundo facilitou a vida dos analistas, de forma que agora há muito mais informações disponíveis para analisar ações. Ele também destacou como a bolsa brasileira evoluiu, multiplicando o número de empresas negociadas.

E nesse contexto, é essencial, ao olhar para a bolsa, entender quais companhias vão usar a tecnologia para dar certo e gerar retornos relevantes.

Já Paolo di Sora contou sobre a época em que para analisar empresas, era preciso comparecer presencialmente na B3 para pegar os balanços, mostrando mais uma vez como este novo ambiente beneficiou e facilitou o mundo dos investimentos.

Marcelo Mesquita falou sobre o grande choque de produtividade, que diz ser um dos grandes destaques desse ambiente. Neste contexto, segundo ele, o prêmio para empresas bem geridas aumenta muito. Citou para isso o exemplo do Nubank, que está sendo avaliado pelo mercado com um valuation muito próximo ao de grandes bancos, mesmo sem ter uma forma de rentabilizar seu capital muito forte ainda. “O mercado está fazendo uma grande aposta na excelente execução do Nubank”, destacou ele.

Por fim, ele alerta sobre os perigos do grande volume de informações, afirmando que é importante “diferenciar o que é barulho do que é sinal”.

Ambiente de juros baixos e reflexos em bolsa

Já sabemos que a taxa de juros está em um ciclo de alta após as mínimas históricas durante a pandemia. Porém, a Selic ainda presencia taxas estruturalmente baixas ao compararmos com o histórico brasileiro.

Nesse sentido, para manter os juros baixos, os gestores destacaram a importância do controle fiscal, de forma a fornecer segurança aos investidores, sem inflação e, por sua vez, sem corrosão do poder de compra da população.

Di Sora reconheceu a grande entrada de investidores no mercado de capitais, mas fez a ressalva de que o momento no Brasil agora é turbulento, e a bolsa deve ver volatilidade com a proximidade das eleições, o problema hídrico, entre outros fatores.

E Mesquita destacou que, apesar do contexto de alta dos juros, “no longo prazo sempre é bom estar na bolsa”. Em sua expectativa, nos próximos 10 a 20 anos, o Brasil deve viver uma realidade melhor do que a dos anos anteriores.

Ainda, ele disse que o processo de juros estruturalmente mais baixos deve demorar para impactar as empresas de forma positiva. Isso porque o principal impacto é facilitar a vida de quem quer empreender, e essa percepção demora um pouco para atingir uma parcela maior da população.

Ele finalizou falando que o primeiro passo, que são os juros baixos, já está evoluindo, e que agora restam outras coisas a serem feitas, como mais abertura comercial.

Essa coluna tem como único propósito fornecer informações e não constitui ou deve ser interpretada como uma oferta, solicitação ou recomendação de compra ou venda de qualquer instrumento financeiro ou de participação em qualquer estratégia de negócio específica. Possui finalidade meramente informativa, não configurando análise de valores mobiliários nos termos da Instrução CVM Nº 598, e não tendo como objetivo a consultoria, oferta, solicitação de oferta e/ou recomendação para a compra ou venda de qualquer investimento e/ou produto específico.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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