Ago 2021
18
Tiago Pessotti
MERCADO DIÁRIO

porTiago Pessotti

Ago 2021
18
Tiago Pessotti
MERCADO DIÁRIO

porTiago Pessotti

Fundamentos do mercado logístico e industrial

Com a pandemia, já sabemos que a demanda pelo e-commerce aumentou, de forma a impulsionar também a demanda por galpões para armazenagem dos produtos. Para transportar estas mercadorias, portanto, o fluxo de veículos pesados no país é um bom indicativo, sinalizando a circulação de cargas nas estradas. E este já está em patamares anteriores à pandemia e próximo a máxima histórica, sinalizando bons ventos para o setor.

Além disso, os preços médios de aquisição de galpões logísticos prontos aumentarem em 44% nos últimos anos, principalmente em função da queda da taxa de juros, do surgimento de novos entrantes no mercado de fundos imobiliários logísticos e a resiliência que o setor demonstrou nos últimos quatro anos.

Ainda, os galpões em desenvolvimento são ainda mais promissores, apresentando uma Taxa Interna de Retorno (TIR) mais alta. O HGLG11 pretende aumentar a exposição neste segmento, além dos galpões prontos.

Com isso, a tendência se mostra de valorização do segmento, contribuindo para um ambiente favorável ao investimento em galpões logísticos como estratégia de diversificação de carteira.

Conheça o HGLG11

Também chamado de CSHG Logística, o fundo é gerido pelo Credit Suisse Real Estate, gestora que possui extenso track record no mercado, tendo lançado seu primeiro fundo ainda em 1938.

O patrimônio total estimado do fundo é de R$ 2,7 bilhões, com valor de mercado de R$ 3,1 bilhões. Assim, o preço em relação ao valor patrimonial (P/VPA) é de aproximadamente 1,14, patamar que se mostra satisfatório no setor de galpões.

Além disso, algo que mostra a resiliência do setor e do fundo é que sua vacância vem caindo continuamente. Após iniciar 2017 em 22%, chegou a 13% no final do primeiro trimestre de 2021, ante 7,60% em fevereiro de 2021. Já o estoque de galpões e o preço de locação por m² nas regiões em que ele atua permaneceram praticamente no período.

Quanto à sua composição, a carteira é pulverizada, com 17 imóveis em cinco estados: MG, PE, RJ, SC e SP. Estes são mais concentrados em São Paulo, além de que a maior parte dos ativos do HGLG11 estão na região Sudeste.

Além disso, os imóveis têm reajustes de aluguel atrelado ao IPCA e IGP-M, índices que tem seguido uma trajetória de alta, o que pode ser positivo para os retornos do fundo. Além disso, em relação à tipologia dos contratos, 68,3% estão alocados em contratos típicos, ou contratos de locação padrão, enquanto os contratos de locação atípicos são responsáveis por 31,7% da carteira.

Os contratos atípicos, vale ressaltar, possuem condições diferenciadas que conferem mais segurança ao locador. Algumas dessas condições diferenciadas podem ser o prazo, multas e aviso prévio para desocupação. E eles se referem a operações como Built to Suit (construção sob medida), Sale and Leaseback (compra e locação concomitante), entre outras.

Por fim, a taxa de administração do fundo é de 0,6% a.a e o dividend yield entregue nos últimos 12 meses foi de 7,78%. No gráfico ao lado, é possível acompanhar a evolução da rentabilidade do fundo em relação a um dos títulos do Tesouro, a NTN-B para 2035, que é um título híbrido atrelado ao IPCA e acrescido de uma taxa fixa.

Informações básicas sobre a nova emissão

Com público-alvo destinado aos investidores em geral, o fundo vem ao mercado com uma oferta de ICVM 400. Inicialmente, pretende-se captar R$ 669 milhões, com a possibilidade de aumento da proposta em até 20% em caso de emissão de cotas adicionais, totalizando R$ 802 milhões.

Com o valor que deve entrar com os novos cotistas, há 9 ativos no pipeline, e em caso de sucesso em todas as aquisições, pode elevar o valor da cota em até 22% em um prazo de 4 anos. Além disso, há outras frentes por meio das quais é possível gerar ganhos reais no resultado distribuível do fundo, como redução da vacância, renegociações dos aluguéis vigentes e/ou venda de ativos já detidos pelo fundo.

https://www.apexnews.com.br/vale-a-pena-investir-em-hglg11/

Essa coluna tem como único propósito fornecer informações e não constitui ou deve ser interpretada como uma oferta, solicitação ou recomendação de compra ou venda de qualquer instrumento financeiro ou de participação em qualquer estratégia de negócio específica. Possui finalidade meramente informativa, não configurando análise de valores mobiliários nos termos da Instrução CVM Nº 598, e não tendo como objetivo a consultoria, oferta, solicitação de oferta e/ou recomendação para a compra ou venda de qualquer investimento e/ou produto específico.

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