Sim! Da mesma forma como as pessoas alugam imóveis à terceiros, também é possível alugar ações. Mas como isso funciona? Vale a pena? Em quais casos a prática é mais indicada? Vamos responder a estas e mais questões na coluna de hoje, em que trataremos sobre o tema do aluguel de ações.
Por meio do aluguel de ações, é possível você emprestar sua ação para outra pessoa, com a intermediação da sua corretora ou banco de investimentos.
Funciona da seguinte forma: você detém uma ação, e outra pessoa quer entrar vendida neste ativo, apostando em sua queda. Quando alguém está operando vendido, vende ações sem tê-las. Assim, se estas caírem, há lucro, pois será possível comprar as ações a um preço mais barato depois para repor as ações vendidas no momento inicial.
Mas até finalizar a operação, precisa cobrir as ações que vendeu. E isso é feito por meio do aluguel de ações, em que o tomador negocia as ações até a data de vencimento do contrato. O doador, por outro lado, recebe uma taxa fixa pré-acordada.
Assim, o doador não pode negociar as ações até a data do vencimento.
Quando você não vai vender a empresa no curto prazo e acredita nos seus fundamentos, faz muito sentido alugar ações. Afinal, aquele recurso estaria alocado na ação de qualquer. Mas ao alugar você pode usufruir de seus rendimentos. Ou seja, é uma alternativa de renda extra.
Sobre a rentabilidade do aluguel de ações, a maioria paga entre 1% e 2% ao ano. Mas as taxas são específicas a depender da ação. Na sua corretora é possível consultar estes valores. Apesar de ser pouco dinheiro, já é alguma coisa.
Além disso, vale ressaltar que ao alugar ações os doadores não perdem benefícios como juros sobre capital próprio e dividendos pagos pelas empresas.
Sobre as desvantagens, está a impossibilidade de vender os papéis durante o período acordado de aluguel. Isso pode fazer com que você fique preso na ação mesmo em caso de uma fato superveniente que mude completamente os fundamentos da empresa. Porém, algumas corretoras já permitem que você venda as ações mesmo neste período.
É o caso do BTG Pactual, que disponibiliza na custódia remunerada a possibilidade de o cliente vender os ativos doados a qualquer momento. Isso sem custo financeiro algum ao cliente doador em caso de pendência na devolução da ação por parte do tomador.
Outras desvantagens são que o investidor não pode mais participar da assembleia de acionistas, mas isso geralmente não faz muita diferença para acionistas minoritários, que são praticamente todos em bolsa. Em por fim, as corretoras cobram um pequeno percentual das transações.
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