Nesta semana a temporada de balanços das empresas listadas em bolsa nos Estados Unidos começou, com os maiores bancos do país e do mundo divulgando resultados bem acima das expectativas. Até o momento, cerca de 10% das empresas listadas no S&P 500 divulgaram seus resultados. Dentre estas, 77% reportaram resultados acima do esperado, de acordo relatório do Credit Suisse.
Em relação ao lucro, o banco apontou que 21,1% dos bancos que divulgaram resultados tiveram desempenho acima das expectativas, enquanto para os setores em geral esse número foi de 4,7%, bem abaixo.
Com a tendência global de aumento de juros, é muito provável que os bancos continuem a reportar bons resultados. Isso vale tanto para o Brasil como para outros países, a exemplo do Brasil, onde o Banco Central já iniciou o ciclo de cortes da Selic. Com isso, o retorno do setor financeiro deve aumentar.
Também mostra a resiliência do setor bancário americano em um contexto de redução dos estímulos à economia e expectativas em relação ao tapering.
O Morgan Stanley registrou um lucro líquido de US$ 3,7 bilhões, praticamente US$ 1 bilhão acima do resultado do mesmo período do ano anterior. Além disso, o ganho por ação foi de US$ 1,98, acima das projeções de US$ 1,69 feitas pelo mercado. Vale ressaltar que o preço da ação do banco no mercado hoje é de um pouco mais de US$ 100. A receita da empresa também foi superior ao esperado em US$ 1 bilhão.
Já o Goldman Sachs viu um crescimento de 63,5% no lucro líquido na comparação anual, em US$ 5,28 bilhões (US$ 14,93 por ação) no 3º trimestre, ante US$ 3,23 bilhões (US$ 8,98 por ação) no mesmo período do ano anterior. A receita líquida também aumentou na mesma comparativa, de US$ 10,8 bilhões para US$ 13,6 bilhões, acima das expectativas de levantamento da FactSet, que apontava para US$ 11,72 bilhões de receita.
Vale destacar o desempenho da unidade de banco de investimentos do Goldman, praticamente dobrando a receita do mesmo, de US$ 1,93 bilhão para US$ 3,55 bilhões.
Por fim, o JP Morgan teve um aumento de 155% no lucro na mesma comparação, para US$ 11,9 bilhões, ou US$ 3,78 por ação, também superando as expectativas do mercado, que segundo analistas consultados pela Refinitiv, estava por volta de US$ 3,21 por ação.
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