Os melhores fundos imobiliários de 2021
No início de dezembro, o Nubank abriu o capital na Bolsa de Nova York e se tornou o banco mais valioso da América Latina, com um valuation de R$ 230 bilhões.
O valor impressiona por ser superior ao de bancos tradicionais no Brasil e que reportam lucros bilionários a cada trimestre, bem diferente do roxinho.
Após o início avassalador, as ações caíram 40%, e o Nubank agora vale menos que Itaú e Bradesco. Por que isso está acontecendo?
O valor de mercado atual do roxinho é de cerca de 33 bilhões de dólares, atrás do Bradesco, 34,32 bilhões de dólares, e do Itaú, 38,9 bilhões de dólares.
O cenário externo não tem ajudado, é verdade. O início do tapering, processo de retirada de estímulos por parte do banco central americano (Federal Reserve, o Fed), tem feito papéis de tecnologia — como do Nubank — ficarem sob pressão.
Embora analistas enxerguem potencial para o Nubank conseguir se tornar uma operação lucrativa no médio e longo prazo, o papel é visto como muito caro, especialmente diante do acúmulo de prejuízos que a companhia reportou em anos anteriores.
Vale ressaltar ainda concorrentes, como o BTG, que tem um PL (Índice Preço/Lucro) de 11x (considerado barato para o segmento) e um crescimento de cerca de 40% no ano.
Além disso, o valor do Nubank por cliente é o triplo do Inter, isto é, o roxinho é negociado a múltiplos muito superiores ao laranjinha.
Contudo, o Custo de Aquisição por Cliente (CAC) do Nubank, que possui quase 50 milhões de clientes, é de cerca de 785 dólares por cliente, enquanto o Inter, com 16 milhões de clientes, um terço disso, com 260 dólares por cliente.
Na prática, o mercado confirmou que o valuation negociado pelo Nubank em seu IPO fica abaixo do que deveria ser adequado a fim de cobrir os possíveis riscos e incertezas do negócio.
Outras empresas brasileiras listadas fora também estão sofrendo
O Nubank, que abriu capital na Bolsa de Nova York, não é a única empresa brasileira em Wall Street que vem sofrendo. A XP Investimentos (- 20%), Stone ( – 77%) e Pagseguro (- 60%) são outros exemplos que também caíram desde o IPO respectivamente.
Afinal, a despeito das ações serem listadas em uma bolsa externa, se tratam de empresas brasileiras, e refletem um mercado que tem sido pressionado diante do aumento de juros e de projeções de crescimento menor para o próximo ano.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória