Maio 2022
19
Tiago Pessotti
MERCADO DIÁRIO

porTiago Pessotti

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Tiago Pessotti
MERCADO DIÁRIO

porTiago Pessotti

Mercado internacional começa a se preparar para momentos de recuo

A inflação nos EUA, medida com CPI, surpreendeu negativamente mostrando que ainda é cedo para se falar em pico por enquanto. Para o último mês, a pressão em preços veio mais alta que esperado e com membros do FED no meio da semana continuam falando em continuidade do aperto.

Após alta volatilidade, com mercados em forte correção das bolsas americanas, foi observado um chegando a atingir quase 10% de queda na mínima da semana  e se recuperando num início de um movimento de repique técnico. Que contou com um fechamento dos  juros de longo prazo ajudando os ativos de risco devido às preocupações com o crescimento global.

Já a China começa a apresentar melhoras no quadro das restrições do covid-19. Segundo matéria do Bloomberg News o comércio vai ser reaberto em fases a partir de segunda. Porém, começa a sentir as políticas de restrições, em virtude do controle da doença, a produção industrial e os gastos dos consumidores deslizando para os piores níveis desde que a pandemia começou e analistas alertam que não veem uma recuperação rápida. Além disso, a China anunciou que cortou a taxa de financiamento imobiliário para quem estiver comprando seu primeiro imóvel.

Investidores essa semana devem ficar atentos aos dados da Produção Industrial, Vendas no Varejo e ao Discurso do Bullard, membro do FOMC.

No Brasil, o Banco Central deve sofrer pressão com volatilidade do petróleo e deve tomar medidas em breve

O petróleo apresentou uma volatilidade alta durante a semana. Chegou a cair no auge do pessimismo do mercado, chegando a US$ 99,00, e fechou a US$ 110,00. Com os fundamentos apontando que continuará subindo, o Banco Central brasileiro deve sofrer pressão, pois ou o dólar volta rapidamente a um patamar de US$ 4,60 ou às commodities que seguem firme vão continuar botando pressão no banco central

Ata do COPOM mostrando desejo de encerrar o ciclo de alta segue difícil, sabendo que o ambiente inflacionário, principalmente o global, segue complicado, sem uma previsão de melhora. O Banco Central sabe que vai ter que continuar subindo a Selic, o que dificulta por hora comprar uma reversão da tendência, e revisões devem se manter para cima no IPCA.

Um destaque da última semana foi a parte de serviços. Com o processo de reabertura, o setor vem apresentando ótimos números o que vem fazendo os analistas e economistas revisarem os números de crescimento do PIB deste ano entre 1,5% a 2%.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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