Jun 2022
13
Tiago Pessotti
MERCADO DIÁRIO

porTiago Pessotti

Jun 2022
13
Tiago Pessotti
MERCADO DIÁRIO

porTiago Pessotti

Estados Unidos e Zona do Euro: inflação segue em alta

Contrariando as previsões, nos Estados Unidos a economia continua crescendo de forma acelerada. Foram criadas 395 mil vagas de trabalho em maio, de acordo com o relatório de emprego (payroll) divulgado pelo Departamento de Trabalho do país. O resultado superou as expectativas dos analistas de mercado, de abertura de 325 mil novos postos.

Entretanto, a inflação alta obriga o Federal Reserve (o banco central norte-americano) a aumentar a taxa de juros. Loretta Mester e Lael Brainard, dirigentes regionais do Fed, já sinalizaram que não vai ser possível interromper a elevação, já que o desequilíbrio entre oferta e procura por combustíveis em todo o planeta ainda é grande.

Também é apontado como causa da inflação alta o forte estímulo do governo à economia, durante a pandemia. Na Zona do Euro, não foi diferente: em maio a inflação bateu um novo recorde de 8,1%, ante 7,4% em abril. A expectativa do mercado é de retirada de estímulos na região e aumento na taxa de juros.

Nesta quarta-feira (08), será divulgado o PIB da Zona do Euro relativo ao primeiro trimestre e, na quinta (09), a decisão sobre a política monetária. Outros destaques da agenda da semana são a publicação dos dados de inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) da China, também na quinta-feira, e do CPI dos EUA na sexta (10).

No Brasil, alta nas contratações e expectativa de crescimento do PIB

De acordo com números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho, divulgados nesta segunda-feira, foram gerados 196,9 mil empregos com carteira assinada no Brasil em abril. Analistas de mercado esperavam resultado menor: em torno de 160 mil novos postos de trabalho.

Nesta quinta-feira será divulgado o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) relativo a maio e, na sexta, o resultado das vendas no varejo de abril. O PIB brasileiro deve encerrar o ano com crescimento acima do esperado (2%), já que houve crescimento de 1% no primeiro trimestre do ano e, no segundo, é esperado crescimento de pouco mais de 1%.

O debate sobre limitar em 17% a cobrança de ICMS sobre combustíveis segue no Senado e a classe política já considera o retorno do estado de calamidade pública como forma de permitir o subsídio aos estados que registrarem perda de receita. Mas pode haver risco fiscal, já que durante a vigência não há limite de gastos.

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