Out 2022
18
Tiago Pessotti
MERCADO DIÁRIO

porTiago Pessotti

Out 2022
18
Tiago Pessotti
MERCADO DIÁRIO

porTiago Pessotti

Bolsonaro confirma Guedes em um segundo mandato

Enquanto Lula ainda não fala abertamente quem deve compor a sua equipe de alto escalão. Jair Bolsonaro apresenta uma segurança maior de continuidade do que fez nos últimos quatro anos, ao confirmar que, a depender dele, o atual ministro da Economia, Paulo Guedes, deve continuar no cargo em um eventual segundo mandato.

Dados de institutos de pesquisa respeitados que menos erraram no primeiro turno – como a Futura e o Veritá – revelam que existe uma diferença muito pequena ou até mesmo um empate técnico entre os candidatos Bolsonaro e Lula. Em sua última pesquisa, a Futura mostrou o candidato Lula com (46,9) e o Bolsonaro com (46,5) e a tendência de crescimento do atual presidente.

Os dados obtidos com base na população entrevistada deixam claro que existem maiores chances dos votos do Lula irem para o presidente Jair Bolsonaro (38,2) do que ao contrário (26,9). Uma das explicações para esta informação é o fato da incerteza econômica que Lula apresenta para o mercado e para a população.

O Instituto Veritá, que teve 90% de acerto no primeiro turno, divulgou uma pesquisa no último dia 16 de outubro, a primeira virada de Bolsonaro com perto de 2% de diferença, o presidente seria reeleito com 51,2% dos votos válidos contra 48,8% do ex-presidente.

O debate realizado pela Bandeirantes foi possível constatar que o Bolsonaro se apropriou do discurso de anticorrupção, juntamente com o fortalecimento dessa pauta frente ao Congresso Nacional e com a reaproximação e apoio do Sergio Moro que estava como um dos principais auxiliares do presidente no debate.

Além disso, Lula estava mais nervoso perdendo tempo substancial e atacando Bolsonaro com falas tiradas de contexto sobre a pandemia da Covid-19, que foram bem respondidas por Bolsonaro de forma calma e contundente.

Vale ficar atento para o resultado de pelo menos seis pesquisas de intenção de votos para a Presidência da República que devem ser divulgadas ao longo desta semana. A pesquisa do Ipec divulgada, nessa segunda-feira (17), aponta o Lula à frente (54%) dos votos válidos e o Bolsonaro (46%).

A pesquisa da Ipespe deve sair nesta terça-feira, Datafolha e PoderData na quarta-feira, e Brasmarket e Instituto Paraná na quinta-feira.

Confira os destaques do cenário nacional:

O Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) apresentou queda de preços de 0,29% em setembro deste ano. Apesar da deflação do mês anterior ter sido um pouco menor do que o esperado pelo mercado financeiro, que estimava uma queda de 0,32%, o IPCA veio com uma composição boa, mostrando que os preços estão recuando e voltando para uma normalidade.

Os núcleos vieram mais tranquilos, com difusão atingindo 60% do patamar que não era atingido a muito tempo. A alimentação fora começou a reduzir e os bens duráveis como carros usados também estão mais baixos.

Vale relembrar que agora a deflação fica para trás e a partir de outubro volta a rodar positiva. É bom ficar atento aos riscos, principalmente no preço do petróleo, com defasagem de gasolina e diesel acima de 10%, o que deve demandar reajuste em breve.

Os dados do setor de serviços divulgados pela Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) vieram acima do esperado, com crescimento de 0,7% em agosto. Com isso, o setor de serviços opera 10,1% acima do nível pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020. O setor de serviços está mostrando a sua força e deve continuar contribuindo para o crescimento econômico do país, após as limitações e restrições que foram impostas ao comércio no período da pandemia.

O Banco Central divulgou, nessa segunda-feira (17), que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado o indicador prévio de desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu 1,13% em agosto na comparação com julho. O dado veio mais forte do que o esperado, que era de 0,5%.

Inflação ao consumidor nos EUA sobe 8,2% em setembro no acumulado de 12 meses

A inflação ao consumidor nos Estados Unidos veio acima do esperado. Uma alta de 8,2% no acumulado em 12 meses. Tanto a medição mensal como a anual vieram acima da expectativa do mercado. O consenso Refinitiv apontava para alta de 0,2% ante agosto e de 8,1% em 12 meses.

O que joga pressão para que o Banco Central Americano (FED) coloque o patamar de juros terminal mais acima, pois lembrando que o último número do mercado de trabalho veio bastante forte não benigno à inflação.

James Bullard, presidente do Fed de Saint Louis, deixou aberta a possibilidade do FED elevar o juro em 0,75 pontos percentuais não só em novembro, como já está precificado, mas também em dezembro.

Enquanto isso, a China tem apresentado sinalizações pelo encontro do partido comunista trazendo um novo direcionamento, de menos foco em crescimento no país e foco mais forte em segurança nacional.

O discurso contra a pandemia da Covid-19 voltou a se fortalecer, dando a entender que eles seguirão com as medidas de fechamento de restrições para impedir que a doença volte a aparecer, trazendo mais implicações em relação ao crescimento (negativo) e inflação (positivo).

A última sexta-feira (14), apresentou um cenário mais positivo na Inglaterra com a demissão do ministro da Finanças, Kwasi Kwarteng, pela primeira-ministra Liz Truss.  A decisão ocorreu após o ministro arquitetar o plano fiscal que derrubou os mercados financeiros em Londres, o valor da libra e os títulos de governo.

O plano de Kwarteng não agradou o mercado porque estava incluso a redução de impostos de grandes empresas e o aumento dos empréstimos. O início de um processo de avaliação do novo plano vai ser colocado, mas o mercado ainda está de olho porque existe incerteza sobre o plano fiscal.

Também foi encerrado o período no qual o Banco Central Inglês (BOE) estava oferecendo liquidez para diversas instituições financeiras, como os fundos de pensão.

Confira os destaques desta semana:

(Segunda-feira)

-Empire State Manufacturing Index com -4,3 previsto de -1,5 anterior

-GDP q/y CHINA com +3,4%previsto de +0,4% anterior

(Terça-feira)

-CPI y/y GBP 10% previsto de 9,9% anterior

-CPI CAD m/m 0,0% previsto de -0,3% anterior

(Quinta-feira)

-Philly FED Manufactoring com -5,0 previstos de 9,9 anterior.

 

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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