Fev 2023
20
Tiago Pessotti
MERCADO DIÁRIO

porTiago Pessotti

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Tiago Pessotti
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porTiago Pessotti

Inflação sobe 0,53% em janeiro com pressão de alimentos

Entre as funções do conselho, integrado atualmente pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, está a definição da meta de inflação.

A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 0,53% em janeiro, o primeiro mês do governo Luiz Inácio Lula da Silva

A pressão veio do setor de alimentos e bebidas, que avançou 0,59%, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado mostra uma desaceleração do IPCA, frente a dezembro, quando a alta do índice havia sido de 0,62%.

A taxa de 0,53% ficou abaixo da mediana das projeções do mercado. A inflação em 12 meses continua desacelerando, inclusive o núcleo, mas na margem alguns componentes do núcleo pararam de ceder e a perspectiva é que caminhemos para rodar no topo da banda superior da meta de inflação, sendo que esse já era o cenário esperado.

Os dados de atividade (varejo e serviços) vieram mistos com um saldo que acabou sendo marginalmente positivo, como PMC, que são os dados de varejo, bem mais baixos e fracos em quase todas as aberturas. Por outro lado, a parte de serviços surpreende positivamente com alta em todas as aberturas, o que no “frigir dos ovos” os números somados trazem um viés altista para revisão do crescimento do último trimestre e do último ano de 2022.

Porém, as perspectivas para frente ainda continuam sendo de desaceleração da atividade ao longo do ano. Quanto pior a atividade à frente, mais pressão o governo deve fazer sobre o Banco Central (BC) em relação ao juros.

Banco Central do México elevou a taxa de juros em 50 pontos-base

O mercado financeiro tinha a expectativa que o Banxico, banco central do México, elevasse a taxa básica de juros para 25 bps na reunião, mas diante do cenário inflacionário os números acabaram surpreendendo com a subida de 50 bps, chegando a 11%.

Trata-se de um guidance bem mais Hawk (mais juros), comunicando que esse mesmo pace pode ser repetido na próxima reunião e foi particularmente hawkish, pois o mercado espera que poderia acontecer uma sinalização de final de ciclo já nessa reunião, dado que havia corte de juros embutido na curva a partir do meio do ano.

Em seu comunicado, a instituição diz que a inflação global continua alta, embora a inflação geral tenha caído em um grande número de economias devido à menor pressão sobre os preços de energia. “Para 2023 e 2024, as expectativas de inflação voltaram a subir, enquanto as de prazo mais longo recuaram ligeiramente, mas seguem acima da meta”, destacou em comunicado.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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