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MERCADO DIÁRIO

por Tiago Pessotti

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Rali de fim de ano na bolsa?

Desde o primeiro dia de dezembro, o Ibovespa mudou de direção em relação ao que estávamos vendo há mais de seis meses, com uma alta de 6,69% até o fechamento da última sexta-feira (10). Mas essa reação do Ibovespa pode realmente ser um rali de final de ano? O que deve acontecer com o Ibovespa daqui para frente? Essa história de rali de fim de ano realmente existe ou é só um mito muito difundido no mercado?

Ralis de fim de ano existem

Observando a média dos fechamentos mensais do S&P 500 desde 1950, ou seja, uma amostra de 71 anos, obtemos que sim, os últimos três meses do ano costumam ter um desempenho superior à média do restante deles, conforme pode ser visto no gráfico ao lado. Algumas das razões geralmente atribuídas são o otimismo natural deste período, a ausência de turbulências nos mercados, com os políticos entrando em recesso, por exemplo, os IPOs saindo do radar e a divulgação de resultados das empresas listadas em modo de espera para o próximo ano. Assim, geralmente as bolsas no mundo costumam acelerar os ganhos neste tradicional rali de fim de ano. Mas isso não significa que esta é uma regra imutável e que a bolsa não pode fechar este período no vermelho ou mesmo estagnada, conforme constatamos em outubro e novembro. Além dos dados do índice americano com as 500 maiores empresas do ramo industrial, vale falar sobre o histórico no Brasil. Nos últimos 20 anos, a performance do Ibovespa nos últimos três últimos meses do ano foi superior à média dos outros meses em 70% dos casos.

Porque a bolsa começou a subir em dezembro?

Já sabemos que historicamente os ralis geralmente ocorrem. Mas porque o Ibovespa começou a subir em dezembro? Um dos principais motivos foi a aprovação da PEC dos Precatórios, que reduziu a incerteza, embora a proposta em si não seja a melhor ao mudar a regra do teto de gastos para fazer caber o Auxílio Brasil no orçamento do próximo ano. Fato é que antes uma notícia negativa para que o mercado possa se readaptar do que uma incerteza sem fim. Outro fator de incerteza que surgiu no último mês é a Variante Ômicron da Covid-19, que tem se mostrando mais contagiosa, mas alguns estudos já apontam que sua letalidade é inferior, o que tende a gerar um impacto menor. Resta ainda saber se as vacinas são eficazes contra a nova variante, o que hoje sabemos que se aplica à Pfizer. Essa coluna tem como único propósito fornecer informações e não constitui ou deve ser interpretada como uma oferta, solicitação ou recomendação de compra ou venda de qualquer instrumento financeiro ou de participação em qualquer estratégia de negócio específica. Possui finalidade meramente informativa, não configurando análise de valores mobiliários nos termos da Instrução CVM Nº 598, e não tendo como objetivo a consultoria, oferta, solicitação de oferta e/ou recomendação para a compra ou venda de qualquer investimento e/ou produto específico.