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MERCADO DIÁRIO

por Tiago Pessotti

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Grandes bancos de investimento do mundo já começam a fazer previsões pessimistas com a economia global

Líderes de grandes instituições financeiras já começam a fazer previsões de cenários de recessão no mundo. O presidente sênior do Goldman Sachs, Lloyd Blankfein, disse ao programa “Face the Nation”, da CBS, que os atuantes do mercado devem se preparar para um possível cenário de recessão. “Se eu estivesse dirigindo uma grande empresa, estaria muito preparado para isso (cenário de recessão)”, disse Blankfein, que ainda acrescentou que os economistas do banco reduziram sua previsão de crescimento para este ano para 2,4% de 2,6%.

Mercado internacional começa a se preparar para momentos de recuo

A inflação nos EUA, medida com CPI, surpreendeu negativamente mostrando que ainda é cedo para se falar em pico por enquanto. Para o último mês, a pressão em preços veio mais alta que esperado e com membros do FED no meio da semana continuam falando em continuidade do aperto. Após alta volatilidade, com mercados em forte correção das bolsas americanas, foi observado um chegando a atingir quase 10% de queda na mínima da semana  e se recuperando num início de um movimento de repique técnico. Que contou com um fechamento dos  juros de longo prazo ajudando os ativos de risco devido às preocupações com o crescimento global. Já a China começa a apresentar melhoras no quadro das restrições do covid-19. Segundo matéria do Bloomberg News o comércio vai ser reaberto em fases a partir de segunda. Porém, começa a sentir as políticas de restrições, em virtude do controle da doença, a produção industrial e os gastos dos consumidores deslizando para os piores níveis desde que a pandemia começou e analistas alertam que não veem uma recuperação rápida. Além disso, a China anunciou que cortou a taxa de financiamento imobiliário para quem estiver comprando seu primeiro imóvel. Investidores essa semana devem ficar atentos aos dados da Produção Industrial, Vendas no Varejo e ao Discurso do Bullard, membro do FOMC.

No Brasil, o Banco Central deve sofrer pressão com volatilidade do petróleo e deve tomar medidas em breve

O petróleo apresentou uma volatilidade alta durante a semana. Chegou a cair no auge do pessimismo do mercado, chegando a US$ 99,00, e fechou a US$ 110,00. Com os fundamentos apontando que continuará subindo, o Banco Central brasileiro deve sofrer pressão, pois ou o dólar volta rapidamente a um patamar de US$ 4,60 ou às commodities que seguem firme vão continuar botando pressão no banco central Ata do COPOM mostrando desejo de encerrar o ciclo de alta segue difícil, sabendo que o ambiente inflacionário, principalmente o global, segue complicado, sem uma previsão de melhora. O Banco Central sabe que vai ter que continuar subindo a Selic, o que dificulta por hora comprar uma reversão da tendência, e revisões devem se manter para cima no IPCA. Um destaque da última semana foi a parte de serviços. Com o processo de reabertura, o setor vem apresentando ótimos números o que vem fazendo os analistas e economistas revisarem os números de crescimento do PIB deste ano entre 1,5% a 2%.