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MERCADO DIÁRIO

por Tiago Pessotti

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PIB supera expectativas e avança 3,2% em um ano

Nesta quinta-feira (01), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os números do Produto Interno Bruto (PIB), que mede a soma dos bens e serviços finais produzidos no Brasil. Comparado ao mesmo trimestre de 2021, o PIB cresceu 3,2%, número considerado superior ao esperado. Se for levado em consideração a comparação com o primeiro trimestre (janeiro a março) deste ano, em relação ao segundo trimestre (abril a junho), o PIB cresceu 1,2%. O resultado é o quarto positivo consecutivo do indicador, aponta o IBGE.

Crescimento da indústria e serviços puxou a alta da economia

O crescimento do PIB foi puxado pelo crescimento das atividades econômicas observadas na indústria (2,2%), seguida pelos serviços (1,3%) e a agropecuária com avanço de 0,5%. A liberação de restrições impostas pela pandemia da Covid-19, impactou positivamente para que o PIB avançasse consideravelmente no Brasil. As atividades econômicas foram retomadas com o aumento da circulação de pessoas utilizando produtos e serviços, aliado à abertura de negócios presenciais como shows, restaurantes e hotéis. Nos últimos dias também saíram os dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), que veio melhor do que esperado, com os preços do setor de serviços em alta e saindo em níveis perto da máxima. Isso é um reflexo do mercado de trabalho ainda bastante apertado e da própria taxa de inflação, acumulada de 12 meses, que contribui para continuidade da pressão de inflação inercial. Os dados de inflação estão melhorando, mas apesar desses números positivos, a sensação de mal-estar com relação à economia persiste entre os brasileiros. A chamada inflação inercial ainda faz persistir a sensação de preços mais altos, justamente porque os números de inflação anteriores podem ser usados para adequar os atuais valores.

Debates eleitorais começam

A campanha eleitoral começou efetivamente com o início das propagandas eleitorais e as falas dos candidatos chamam a atenção dos investidores. As primeiras aparições dos candidatos no Jornal Nacional, veículo que possui mais alcance na TV aberta, deram início com o presidente Jair Bolsonaro respondendo às principais indagações que foram colocadas, e com candidato Luiz Inácio com um discurso mais para o centro, citando o Geraldo Alckmin, trazendo as palavras de previsibilidade, criticando as intervenções do governo Dilma Rousseff na Petrobras, sendo considerado algo claramente mais de centro na parte econômica. No último domingo (28/08), no debate realizado pela Rede Bandeirantes, os assuntos mais abordados durante as quase três horas de debate foram a corrupção e a discriminação contra as mulheres. Durante o bate-papo, Bolsonaro abandonou o tom polido adotado na sabatina do Jornal Nacional e partiu para um tom mais agressivo. Com comentário do presidente na educação, o candidato Ciro Gomes foi o que mais abordou o tema, usando o exemplo do Ceará, conhecido pelo alto desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), atrás apenas de São Paulo. Os números do estado cearense foram usados pelo pedetista, que se gabou de ter governado o estado que hoje conta com 79 das 100 melhores escolas públicas do país. Para os analistas, tanto Ciro Gomes quanto Simone Tebet foram os que mais aproveitaram a oportunidade para falar com um nicho de eleitores mais amplo, enquanto os candidatos que lideram as pesquisas, Lula e Bolsonaro, seguiram com estratégias de falar quase exclusivamente com seus próprios eleitores. Vale a pena acompanhar nesta semana: Quinta-feira (01/09) ISM PMI Industrial previsto 52,1 anterior a 52,8 PIB a/a 1,9% previsto de 1,7% anterior e PIM m/m 0,6% de 1% anterior PMI Indústria 54 de 54 anterior   Sexta-feira (02/09) PAYROLL 3,5% previsto de 3,5% anterior de NON-FARM Employment Change 295k previsto de 528K anterior.