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MERCADO DIÁRIO

por Tiago Pessotti

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Viagens do Ano Novo Lunar da China; EUA criam 517 mil empregos em janeiro

Os negócios internacionais ganharam fôlego em 2023 com a reabertura da China. A flexibilização das restrições de circulação de pessoas, após quase três anos de controles rígidos, movimenta centenas de milhões de pessoas todos os dias em direção ao trabalho, às escolas e para visitar as famílias. No feriado do Ano Novo Lunar as reservas de passagens para pontos turísticos de todo país registraram aumento de 76% em relação ao ano anterior, de acordo com dados divulgados pela agência de notícias Xinhua.

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“China e Estados Unidos: panorama da economia global”

Durante o painel “China e Estados Unidos: um panorama da economia global e oportunidades e desafios para 2023”, João Scandiuzzi, estrategista-chefe do BTG Pactual, abordou essas e outras questões sobre o país chinês. A conversa aconteceu nesta semana durante o Data Business Stone, dentro da Vitória Stone Fair. “As perspectivas estão melhores agora. A população chinesa pode fazer viagens internacionais e a mobilidade urbana voltou a crescer. Nos últimos dias, durante o feriado do Ano Novo Lunar, cerca de 75% das viagens internas aumentaram. No entanto, os números ainda estão 40% abaixo de 2019, período pré-pandemia Com a imunidade de rebanho e a vacinação em massa, a tendência é de recuperação principalmente dos setores de serviços e do comércio. Esses setores empregam muito e contribuem para o crescimento da renda das famílias. Para esse ano, o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 5,5% por conta da reabertura”, declarou Scandiuzzi.  

Taxa de desemprego nos EUA atinge menor nível em mais de 50 anos; Novos 517 mil postos de trabalho

Destaque na semana e tom nos mercados foi definido com a divulgação do Payroll sobre contratação do mercado de trabalho americano, que foi bastante forte e acima do que estava sendo esperado. Ainda vemos um mercado de trabalho muito apertado com contratação elevada, indicadores de pedidos desemprego muito baixo, número de vagas em fevereiro superando 1 milhão do que era esperado e a volta do quadro de duas vagas em aberto para uma de demanda. Os Estados Unidos surpreenderam novamente ao criar 517 mil empregos no mês de janeiro, o que deve servir de combustível para o Federal Reserve subir mais os juros e mantê-los em patamares elevados para combater a inflação. A taxa de desemprego nos Estados Unidos atingiu o menor nível em mais de 50 anos, caindo para 3,4%, um nível não alcançado desde 1969. Nesta semana, o banco central americano elevou os juros básicos nos EUA em 0,25 ponto porcentual, empurrando as taxas para o intervalo de 4,50% a 4,75% ao ano. Na divulgação houve a indicação de que a taxa continuará subindo, só que em um ritmo mais lento. Projeções anteriores dos analistas já indicavam que o banco central americano elevaria a taxa de juros em 0,25 ponto percentual. A semana passada foi muito agitada com a decisão de diversos bancos centrais, balanços e dados de atividade econômica. A comunicação dos bancos centrais devem ficar em segundo plano daqui para frente, pois o que vai importar serão os dados de atividade econômica, sendo eles que irão definir em que magnitude e até quando os BCs vão continuar a subir os juros.